sexta-feira, 27 de junho de 2008

VINDE A MIM

VINDE A MIM
Miguel Garcia

VINDE A MIM SE ESTÁS CANSADOS E OPRIMIDOS
QUE EU VOS ALIVIAREI
VINDE A MIM VÓS FADIGADOS PERSEGUIDOS
QUE EU VOS ABRANDAREI

TOMAI SOBRE VÓS A MINHA INSTRUÇÃO
E APRENDEI DE MIM TOMAI MEU CORAÇÃO
PORQUE SOU MANSO E HUMILDE SIM
PORQUE SOU MANSO E HUMILDE...

E ACHAREIS DESCANSO E ABRIGO ENFIM
VOSSAS ALMAS SOMBRA NUM JARDIM
PORQUE MEU FARDO É LEVE
MEU JUGO É SUAVE
O MEU AMOR EXCEDE
VEM PERTO VENHA BREVE

PORQUE MEU FARDO É LEVE
MEU JUGO É SUAVE
O MEU AMOR EXCEDE
VEM PERTO

VEM MAIS PERTO
VEM BEM PERTO

VENHA BREVE!

ICABODE - Efésios 6:10-20 - ICABODE

ICABODE - Efésios 6:10-20 - ICABODE Miguel Garcia

SENHOR EU SEI QUE TENS UM PLANO
E SE TU QUERES ASSIM SEJA
O TESTEMUNHO DO CORDEIRO
QUE ENCARNADO É TUA IGREJA

COMO PERMANECER IGREJA
ASSIM COM BRECHAS NA ARMADURA
SE NOS DEIXAMOS APANHAR
NO EMBUSTE NA MENTIRA PURA

ORA A MENTIRA SEPARA NOS CINDE ISOLA
APAGA OS SINAIS DE COMUNHÃO ATOLA
E O MENTIROSO SE AFASTA DE DEUS
CORRÓI A IGREJA
QUE ASSIM NÃO SEJA

QUERO ORAR COMO FEZ JESUS
QUERO AFIRMAR QUE NÓS SOMOS UM

E COMO TER COMUNHÃO SE TER COMUNHÃO QUER DIZER TER TUDO EM COMUM
E COMO SER UNO ENTÃO SE ESTE MUNDO NÃO NOS PERMITE QUE SEJAMOS UM

COMO CONSTRUIR UM CASTELO DE AFEIÇÕES
SE A AMIZADE É MACULADA POR MENTIRAS
FALSAS PERSUASÕES
COMO PROTEGER A ALIANÇA
SE EU DEIXO FORA DELA
COISAS QUE EU PENSO SEREM MINHAS

COMO PERMANECER IGREJA E CRIANÇA
COM FENDAS NA ARMADURA
DO TAMANHO DE INJUSTIÇAS
COMO CRUZAR ESPADAS COM DEMÔNIOS
SE AGASALHO ATITUDES E PROJETOS TÃO ERRÔNEOS
OU CONSINTO MIL ABUSOS CALADO
PARADO MEUS SONHOS

Ah ah ah ai ai ai eh
Ai ai ai ai eh
Ai ai ai ai eh ah...

GUARDADOR

GUARDADOR
Miguel Garcia

ONDE ESTÁ O TEU IRMÃO?
SE TU SABES ENTÃO DIGA
JÁ QUE INSISTES QUE ME AMAS
QUE ME TENS E QUE FALAS COMIGO
JÁ QUE DIZES QUE SOU TEU AMIGO
JÁ QUE CUIDAS ME TER TANTO AMOR
TU JÁ PODES SER BOM GUARDADOR

EU SOU GUARDADOR DO MEU IRMÃO
NO SORRISO OU NA DOR MEU CORAÇÃO
SE ALEGRA NA ARTE DE SER PORTETOR
DE CUIDAR DE UM IRMÃO COM AMOR

ONDE ESTÁ O TEU IRMÃO?
SE TU SABES ENTÃO DIGA
ELE PODE ESTAR FERIDO
ELE PODE QUERER TEU ABRIGO
JÁ QUE O AMOR TEM PODER CURATIVO
E UM SORRISO NOS FAZ TANTO BEM
TIRA O MEDO E A DOR QUE SE TEM

COMO MIL ANOS

COMO MIL ANOS
Miguel Garcia

BOM DIA MEU DEUS
ACABEI DE ACORDAR
TIVE UM SONO DE BEBÊ

E ANTES DE ME LEVANTAR
ROGO A TUA MERCÊ

MILENARES DIAS TEUS
BOM DIA MEU DEUS,

BOM DIA MEU DEUS...

DA ALVORADA AO POR DO SOL
UM MILÊNIO DE AVENTURAS
MADRUGADA E ARREBOL

TUDO VIRA FORMOSURA
QUANDO ESTOU NOS BRAÇOS TEUS
COMO É BOM VIVER O DIA
BOM DIA MEU DEUS,

BOM DIA MEU DEUS... BOA TARDE MEU SENHOR
TERMINEI O EU LABOR
TENHO PRESSA DE VOLTAR
PRO ACONCHEGO DO MEU LAR
VOU BEIJAR MINHA MULHER

SER FELIZ QUANTO PUDER
TODA TARDE É COMO EU DIGO
É MELHOR SE ESTÁS COMIGO

TODA TARDE AINDA É CEDO

É DESEJO PRA TERNURA
DEUS FAMÍLIA UM PASSAREDO
JAZZ, UM CHORO UMA LEITURA
TODA TARDE ATRAI DESEJO

TODA TARDE TEM TEUS DEDOS
BOA TARDE MEU SENHOR,

BOA TARDE MEU SENHOR...


BOA NOITE MEU PAI
ACABEI DE ME DEITAR
E ANTES DO SONO CHEGAR

TENHO ALGO A LHE DIZER
NÃO ME DEIXE ADORMECER

BEM NA HORA DE LUTAR
TODA NOITE TRAZ PERIGOS
INDA BEM QUE ESTOU CONTIGO

TEU AMOR SEDUZ O TEMPO

DIA FAZ DURAR MIL ANOS
TODA NOITE É UM FRAGMENTO
NO MOSAICO DOS TEUS PLANOS
TODA BOA NOITE CAI

TODA BOA NOITE É TUA
BOA NOITE MEU PAI...
BOA NOITE MEU PAI...

BOA NOITE MEU PAI...

CONTE OS TEUS DIAS

CONTE OS TEUS DIAS (Sobre o Salmo 90)
Miguel Garcia

CONTE OS TEUS DIAS DE TAL MANEIRA
A ALCANÇAR UM SÁBIO CORAÇÃO
PREZE OS TEUS DIAS TIRE A POEIRA
QUEIRA ENXERGAR DOME A PAIXÃO

CONTE OS TEUS DIAS A VIDA É BREVE
É COMO UM CONTO PASSA LIGEIRO
GUARDE OS TEUS DIA DA DENSA NEVE
UM TOMPO E PRONTO FOI-SE O MATREIRO

CONTE OS TEUS DIAS A VIDA VOA
COMO UM SUSPIRO FOGE DEPRESSA
PREZE OS TEUS DIAS NÃO VIVA À TOA
BUSQUE O SENTIDO A HORA É ESSA

CONTE OS TEUS DIAS
PLANTE ALEGRIAS
PREZE OS TEUS DIAS
SÁBIO SERIAS

Entre-Aberta

Entre-Aberta - em resposta à proposta de Jesus em Apoc. 3:20
Miguel Garcia

Pode entrar Jesus
Eu deixei minha porta entreaberta
Preparei um jantar para nós
Venha ouvir um blues
Tu chegaste na hora mais certa
Pois assim ficaremos a sós

Pois assim falaremos de tudo
Pois assim fugiremos do mundo
Pois assim companheiros seremos
Pois daqui um jardim nós faremos

Vem provar Jesus
Arrisquei um tutú de feijão
Tem banana empenada também
Que eu faça jus
Minha mãe deu-me um curso tão bom
Culinária aqui em casa entretém

Que prazer ter você hoje aqui
Quem descobre um amigo sorri
Que delícia eu poder me despir
Das posturas fachadas me abrir

Não se vá Jesus
Preperei um suspiro com mel
Fiz um bolo e botei pra gelar
O açai seduz
Tome um vinho aí do tonel
E depois vou te ouvir e falar

A amizade amplia o amor
É banquete da vida onde for
Quero ser teu amigo fiél

Destilar dos meus dias o fel

Durma aqui Jesus...

A Beija

A Beija
Miguel Garcia

Ao sol do Oriente
Ao leste da solidão
Rebentos da nascente
Rios na palma da mão

Na sombra escondido da mágoa
Ungindo com sal as feridas
Vigia a vontade sagrada
Nas praias desertas da vida

Um beijo calado na boca
E fome nos olhos cerrados
Na cena da vida tão pouca
Beijar cobriria pecados

Beijem o Filho!

Beijem o Filho!
Colem os lábios na face de Deus!
E depois do ruido

E do beijo ofertado
Libertem as águas

Do mundo esquecido
Do mundo encantado

E dos olhos teus

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Carta Arreganhada aos: Tartufos ou Histriões?

Carta Arreganhada aos: Tartufos ou Histriões?
Miguel Garcia

A vocês que dizem o que é o bem... e por conseqüência o compreenderam. Quando em seguida vão agir, vê-los cometer o mal...
Que cômico infinito! O cômico infinito destes outros, comovidos até às lágrimas a ponto de como suor elas lhes caírem a cântaros, capazes de ler ou escutar horas e horas o quadro da renúncia a si mesmos, todo o sublime de vidas sacrificadas à verdade – e que um instante depois, um, dois, três, uma pirueta! Os olhos ainda mal secos, e ei-los que já se afalfam, segundo as suas pobres forças, a ajudarem ao sucesso da mentira!

Ainda o cômico infinito de um discursador, que, com a verdade do acento e do gesto, comovendo-se, comovendo a outrem, faz calafrios pela sua pintura da verdade e desafia todas as forças do mal e do inferno, com um aprumo de atitude, um topete do olhar, uma justeza do passo, perfeitamente admiráveis – e, cômico infinito que ele possa quase logo, ainda com quase toda a sua atitude, escapulir-se como um covarde ao mais pequeno incidente!

O cômico infinito de ver alguém que compreenda toda a verdade, todas as misérias e pequenezas do mundo etc., que as compreenda e seja incapaz de as reconhecer! Visto que, quase no mesmo instante, esse mesmo homem correrá a envolver-se nessas mesmas pequenezas e misérias, para delas tirar honras e vaidade, ou seja, reconhecê-las.

Oh! Ver alguém que jura ter se dado conta de como Cristo caminhou sob a aparência humilde de um servo, pobre, desprezado, objeto de escárnio, e, como dizem as Escrituras, sob os escarros, e ver esse mesmo homem ocultar-se cuidadosamente nesses lugares do mundo onde se está tão agradavelmente, aninhar-se no melhor abrigo. Vê-
lo fugir com tanto receio como que para salvar a sua vida, à sombra da direita ou da esquerda, da menor corrente de ar, vê-lo tão bem-aventurado, tão celestemente feliz, tão radioso, transbordando gargalhadas-Fiodorísticas – sim, para que nada falte ao quadro, é-o a tal ponto que sua emoção o leva até agradecer a Deus – tão radioso pela estima e pela consideração universais! Quantas vezes não disse comigo em tais ocasiões: Kierkegaard, Kierkegaard, Sorry! O-Buraco-é-mais-embaixo- Kierkegaard!

Será possível que pessoas assim se dêem conta daquilo que elas mesmas afirmam darem-se conta?

Tanto saber e compreensão permanecendo sem ação sobre a vida dos homens, vida na qual nada se manifesta do que compreenderam, antes pelo contrário! Frente tal discordância, tão triste quanto grotesca, exclama-se involuntariamente: mas com que diabo é possível que eles tenham compreendido? Aqui o velho ironista e moralista responde: não te fies nisso, meu amigo. Eles não compreenderam, de outro modo a sua vida exprimi-lo-ia, e os seus atos corresponderiam ao seu saber.

Tantas aulas brilhantes quase sempre frustrantes, não por serem brilhantes, mas por serem aulas metodologicamente expositivas e não discursivas, eliminando abordagens indagativas – “senta que lá vem história!”.

Tudo é quimera! O Cristianismo está deturpado e os ensinamentos de Jesus esquecidos e destruídos!

“Todavia o desesperado não faz se não contemplar-se, pretendendo assim conferir aos seus empreendimentos um interesse e um sentido infinitos, quando é apenas um fazedor de experiências – ladrão do fogo roubado aos deuses por Prometeu” Kierkegaard

Adaptado do texto de Søren Aabye Kierkegaard – O Desespero Humano e compartilhado com todos vós. Azar o vosso!! Rsrsrsrsr..

Sobre o filme A Estranha Perfeita

Sobre o filme A Estranha Perfeita
Miguel Garcia


Sinopse: A jornalista Rowena (Halle Berry) resolve fazer uma investigação independente do assassinato de uma amiga. Assim, ela começa a mergulhar no universo dela, disfarçando-se tanto no mundo real quanto no virtual, da internet, e acaba se envolvendo em um relacionamento complicado e obsessivo on-line com um homem (interpretado por Bruce Willis).

Nos instantes finais do A Estranha Perfeita ocorre uma narrativa bem ao sabor Kierkegaardiniano que submergiu-me em pensamentos, transportou-me tanto ao cenário da tentação e queda humana, como à instância de tribunais escatológicos.

E assim como na Divina Comédia Virgílio acompanhou Dante pelas vias infernais, Kafka, Kierkegaard e Dostoievski têm sido companheiros meus pelas veredas enigmáticas do ser.

As últimas cenas desse suspense intrigante evocam todo sentimento. Vi a águia (mente), leão (emoções) e boi (vida instintiva e vegetativa) despertarem famintos dentro de mim – o boi com certeza por conta da Halle Berry.

Em Os Irmãos Karamazov e O Desespero Humano aprendi que uma vez no infinito do espaço e do tempo, a um ser espiritual, em sua estada na terra, foi dada a possibilidade de dizer “Eu sou e Eu amo”. Em uma única ocasião lhe foi concedido um momento de amor ativo e vivo. Com esse fim lhe foi dada a vida terrestre, limitada no tempo, mas esse ser afortunado repeliu o dom inestimável, não soube aprecia-lo nem amá-lo, olhou-o com ironia e permaneceu insensível.

Que assim não seja!!!

A meu ver essa película é como o relato do Evangelho advertindo que a Eternidade pode não nos dar como sua, pode não nos conhecer, ou, pior ainda, identificando-nos, atar-nos ao nosso eu, nosso eu de desespero, pois num homem sem vontade, o eu é inexistente. Todavia, quanto maior for a vontade, maior será a consciência de si mesmo, o que nos leva à fórmula seguinte: + consciência = + vontade = + eu = a ser conhecido da Eternidade.

Eis a narrativa dos instantes finais do A Estranha Perfeita:

Começa como um zunido silencioso – uma tele vazia convidando você.
Entre! Diz na tela. Estamos sempre abertos!
É um mundo, você pensa, onde a culpa está escondida pelo anonimato, onde não há impressões digitais, um universo invisível, cheio de estranhos conectados à Internet e desconectados da vida...
Que nada! Isso vai roubar seus segredos, corromper seus sonhos e se apropriar de sua identidade, porque nesse mundo, onde você pode ser o que quiser – quem você quiser:
Você pode esquecer quem é.

Quando aquele dia chegar muitas pessoas vão me dizer: “Senhor, Senhor, pelo poder do seu nome anunciamos a mensagem de Deus e pelo seu nome expulsamos demônios e fizemos muitos milagres!” Então Jesus dirá claramente às pessoas sem consciência de sua condição espiritual, sem vontade e portanto sem eu: “Eu nunca conheci vocês! Afastem-se de mim, vocês que só fazem o mal!” NTLH Mt 7:23

terça-feira, 24 de junho de 2008

Contrast-ando

Eu Contrast-ando
Miguel Garcia


Amotinado... Sub-levado...
Sen-tido contrário, res-saltado...
Saliência na superficialidade plana:
“Realce, realce,
Quanto mais purpurina melhor”!
Em relevo, notório, obstaculoso,
Incomodado de mim... avaro de complacência...
Eu glândula enfartada das vias da norma –
Congestão, bloqueio...
Caroço ponteagudo e enrrugado,
Íngua do mundo, estorvo,
Nota dissonante, Eu assimetria...
Agulha no ouvido, Alt side constante,
Seri-ALL, dodecafônico...
Eu poli-ritmado e caótico... pausa indefinida!?!?,
Perdida-mente Schönber-guiado, Eu...
Teodor-Adornando percepções várias,
Soren-redimido-Kierkegaard-itoso e desiludido,
Caindo pro alto!
Apoquentado, arreli-ando... turbulento... agitado,
Em fuga e regresso,
De volta pro fim...
Eu Contrast-ando!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Deus Mané Ninguém Qué!

Deus Mané Ninguém Qué!
Miguel Garcia

(...) e receberá o nome de Emanuel que quer dizer “Deus está conosco”. NTLH Mt 1:22

“Não é fácil gostar de seres de carne e osso, simples mortais, limitados, contraditórios, oscilantes, como nós. É mais fácil admirar ídolos distantes, talvez protetores por sua majestade inalcançável”. Emílio Romero

Refletir sobre letras das canções cantadas hoje em dia nas comunidades evangélicas pode tornar-se uma experiência reveladora, sem que contudo tenha algo a ver com manisfestações oriundas do céu:

Deus Forte
Composição: Kléber Lucas

(..) Jireh, o Deus da minha provisão
Shalom, o Senhor é a minha paz
Shamar, Deus presente sempre está
El-elion, outro igual não há

Jeovah Rafa meu Senhor
Que cura toda dor
Tsekenu Yaveh minha justiça é
Elohim, Elohim Deus
No controle está meu Deus
Tudo governa (2x)

Como o povo de hoje é mal e sem fé!
Vocês estão me pedindo um milagre, mas o milagre de Jonas (que simboliza a morte e ressurreição de Jesus) é o único sinal que lhes será dado. Então ele saiu e foi embora. NTLH Mt 16:4

Interessante rememorar que em face de uma pregação que não era tão poderosa como a de Jesus, em que não houve milagres ou outras provas, os ninivitas tenham chegado ao arrependimento, episódio que se tornou um notório testemunho contra a geração israelita dos dias de Jesus, sendo que esta última desfrutava de todas as vantagens possíveis, posto que no meio deles (do povo judeu) estava um profeta muito maior do que Jonas, que apresentava provas de ser o próprio messias, a despeito do que a maioria do povo rejeitara a sua missão messiânica. É como se diz por aí: qualquer semelhança (com a geração de evangélicos dos nossos dias) não será mera coincidência! Não de novo debaixo do sol!

Deus-Mané ninguém quis, ninguém quer nem quererá! Um Deus sofredor? E-Manuel? Mané? Deus comigo? Junto, lado a lado? Desculpe! mas seria escandaloso demais até imaginar... Quem me livraria das mãos dos "inimigos"? De onde viria o poder redentor desse produto secundário da obsessão por um estilo de vida que sou, que somos nós os utensílios numa sociedade coisificadora? Se religião não servir pra resolver meus problemas pra que servirá então? Por favor, peça a algum clerigo abastado pra ensinar or-ação que con-venha a nós!...

Mostre um deus maquinal e com manual! Poderoso-Chefão do céu e terra... Seu caráter? Isso não importa muito, desde que resolva questões temporais... Rafa.. parece coisa de abra-cadabra, sinsalabim.. esta é a norma!... Quanto mais enredado, obscuro, distante o nome de Deus, "melhor"! Quanto mais largo...Majestoso... é aí que crerão.. terão fé.. romperão em fé!.. RA$*$HY$&$E$@$%$$$...

Certa feita sofri o comentário de um ideólogo das coisas clericais-igrejeiras, que, desferindo um golpe com pa-Lavras disse: Se Deus não fizer dou um jeitinho eu mesmo!

Que assim não seja!!!

Inveja é motor do pensamento, motriz do soci-ALL e, quem diria: da igreja também, por certo! Suspiros meus!...
Estação Terminal uma ova! Talvez outro dia... Hoje acordei colérico demais pra isso, com vontade de estragar algo "belo" - despejar petróleo nas praias francesas que jamais visitarei e atirar em todo panda que não se envolver na luta pela preservação da sua espécie...Tudo é quimera!
Deus Mané Ninguém Qué e nossa sociedade descarta o que considera inútil.
(...) e seu nome será Jesus, pois ele salvará o seu povo dos pecados deles! Mt 1:21

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Quiabólico

Quiabólico
Miguel Garcia


Um quiabo revelar-se-á "escorregadio" apenas para quem ousar nutrir-se de seus africanos sabores.

Assim diz meu Eu Quiadocicado! Meu Eu verdejante, cor das ervas e folhas, Eu verde-esmeralda, ave-do-paraíso. Assim diz meu Eu frútico-capsular-cônico, meu eu encharcado de elementos vitais e circulantes, Eu vegetativo... Assim diz meu Eu Quiabolivificante, meu Eu seivoso de vigor, de alento e coragem para verdecer de um verdoso que em seu verdor, verdeje a palidez de tudo. Eu Quiabólico, peludo, crescendo na pele da imaginação lúbrica dos seres desejantes, roçando o apetite adormecido de amantes vários, fazendo cócegas no desespero estóico dos cobiçosos. Eu Quiabenção do sublime Quiabeiro, Quiabom, Quiasantificado.
Eu quimbombó, Quimbombô, Eu dos Quimbundos, Mãe África, Banto de Angolas-cópias-celestes-pomareiras. Eu visguento, pegajoso, Eu aderente ao mais leve toque, garra de dragão... dente afiado, ponta de lança.

Um quiabo revelar-se-á "escorregadio" apenas para quem ousar nutrir-se de seus africanos sabores. Assim diz meu Eu Quiabólico!

Ê-mulos-de-todos-nós! Tudo é inveja!

Ê-mulos-de-todos-nós! Tudo é inveja!
Miguel Garcia

Também descobri por que as pessoas se esforçam tanto para ter sucesso no seu trabalho: é porque elas querem ser mais do que os outros. Mas é ilusão. É tudo como correr atrás do vento. Dizem que só mesmo um louco chegaria ao ponto de cruzar os braços e passar fome até morrer. Pode ser. Mas é melhor ter um pouco numa das mãos, com paz de espírito, do que estar sempre com as duas mãos cheias de trabalho, tentando pegar o vento. Descobri que na vida existe mais uma coisa que não vale a pena: é o homem viver sozinho, sem amigos, sem filhos, sem irmãos, sempre trabalhando e nunca satisfeito com a riqueza que tem. Para que é que ele trabalha tanto, deixando de aproveitar as coisas boas da vida? Isso também é ilusão, é uma triste maneira de viver. NTLH - Ec 4:4-8

Todo trabalho e toda a realização surgem da competição que existe entre as pessoas. Mas isso também é absurdo, é correr atrás do vento. NVI Ec 4:4

Há a inveja motriz - aquela que imprime movimento e dá impulso aos feitos humanos, hoje sei a causa de muitas ações, hoje sei da “indispensável” e útil energia puxa-sacônica, dos a-gentes-delatores-infiltrados nas instituições - instigadores do que possa render-lhes lucro, ideólogos famintos pelo poder, sei o que é causante, determinante... sei dos olhos maus, ouvidos danosos, bocas buliçosas, mãos embusteiras, pés-levianos... Sei da inveja - Essa admiração que se esconde atrás de um disfarce – dissimulada, dissi-mula-ando... Nesse caso, quem admira sente a impossibilidade de ser feliz apenas cedendo à sua admiração, daí começa a invejar, daí a conversa muda, e, o que no fundo o sujeito aprecia deixa de ter importância, daí a pessoa manifestar saúde imaginária crendo não ser capaz de cobiçar algo ou alguém que supõe patético, extravagante ou até mesmo “desprezível”. A admiração é uma renúncia de nós mesmos - cedência inundada de felicidade, já a inveja é uma exigência inditosa - é quando o eu reclama seu suposto direito a respeito de algo ou de alguém.

Sei que há inveja... há desejo... sendo que a primeira nutri-se do segundo, devora! Denúncia de assimetrias em proveito de igualitarismo uma ova! Eis aí o grande motor soci-ALL e o grande motor do pensamento, digo, ela mesma: a inveja. Só a entropia em fim realizada, só a imobilidade, só a morte faz todos iguais.

Tudo é inveja! Até mesmo aquilo que poderia vir a ser um simples e proveitoso diálogo pode evidenciar isso:

Segundo o autor Humberto Mariotti a ordem geral é fragmentar, não integrar. Não sabemos ouvir. Quando alguém nos fala, em vez de escutar até o fim o que ele tem dizer logo começamos a comparar o que está sendo dito com nossas idéias e referenciais prévios. Esse processo mental ele chama de automatismo concordo-discordo. A força motriz desse automatismo, digo eu: é a inveja.

De acordo com os estudos de Humberto Mariotti o automatismo concordo-discordo funciona assim: quando nosso interlocutor começa a falar, de imediato assumimos duas atitudes: a) “já sei o que ele vai dizer e concordo; portanto, não vou perder tempo continuando a ouvi-lo”, b) já sei o que ele vai dizer e discordo; assim, não tenho porque ouvi-lo até o fim. Em ambos os casos o resultado é o mesmo: negamos a quem nos fala a capacidade ou a possibilidade de dizer algo de novo – o que na prática pode corresponder à negação de sua própria existência. E já que nem o Outro, nem o outro existem mais:

Levanta e serve um café
Que o mundo acabou! (Eduardo Dusek)

“Se o desejo não tem mais como suporte um referente Outro, só pode nutrir-se da inveja que a posse pelo outro do signo que marca seu gozo provoca”. Charles Melman

Espantoso concluir que o bisbilhotar posses materiais, intelectuais ou espirituais alheias, oriente a consciência de êmulos nas savanas do existir, “guiando-os” às fontes de tudo o que segundo crêem, lhes esteja “faltando”. Ê-mulos-de-todos-nós! Tudo é inveja!

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Sobre felicidade

Sobre felicidade
Miguel Garcia


Ainda ontem assisti ao filme Ligados Pelo Crime (The Air I Breathe)
Elenco: Kevin Bacon, Julie Delpy, Brendan Fraser, Sarah Michelle Gellar, Andy Garcia, Forest Whitaker, Emile Hirsch.

Sinopse: Baseado em antigo provérbio chinês que divide a vida em quatro estágios: felicidade, prazer, tristeza e amor. A felicidade está na história do banqueiro que perde tudo e decide roubar, justamente, um banco; o prazer aparece no personagem de um gângster que pode ver o futuro; a tristeza surge numa impulsiva estrela pop que enfrenta problemas na carreira; e o amor está na vida de um médico que tenta desesperadamente salvar a vida de seu paciente.

Eis aí algumas das falas perturbadoras desse filme surpreendente, falas essas, que a meu ver, lembram e muito as reflexões do poeta Goethe sobre o tema (Felicidade, Prisão do Espírito Humano) em seu maravilhoso livro Os Sofrimentos do Jovem Werther:

- Sempre quis saber: quando uma borboleta deixa a segurança de seu casulo, será que ela percebe o quanto se tornou bela, ou continua enxergando a si mesma apenas como uma lagarta?

Felicidade

- Quando eu era criança conhecia o segredo de uma vida feliz: jogue pelas regras, de duro na escola, e, se você der duro na escola, então sua recompensa será mais escola, e, depois de mais escola você recebe o melhor que a vida tem a oferecer: um emprego, dinheiro e um futuro preenchido pela busca interminável e soberana de mais e mais.
- Era isso que eu estava vivendo: Minha vida feliz.
- Eu invejo os que jamais questionam isso, agora eu, eu precisava escapar.
- Às vezes arriscar tudo é a única opção que você tem...
- Às vezes estar totalmente ferrado pode ser uma experiência de libertação...

(...) As crianças não sabem a razão daquilo que desejam – nisto todos os pedagogos estão de acordo. Mas também os adultos, tal qual as crianças, caminham vacilantes e ao acaso sobre a terra, sem saber de onde vêm nem para onde vão! Agem sem objetivos determinados e deixam-se governar, como as crianças, por meio de biscoitos e vara de marmelo....

(...) Os mais felizes são aqueles que vivem sem pensar no futuro, como crianças, passeando, despindo e vestindo suas bonecas... eis as criaturas felizes! Felizes também as pessoas que dão nomes pomposos às suas fúteis ocupações, e, até mesmo às suas obsessões, fazendo-se passar por proezas colossais destinadas à salvação e prosperidade da humanidade. Tanto melhor para os que podem ser assim!... Mas aquele que humildemente reconhece o resultado de todas as coisas, vendo, de um lado, como o pequeno-burguês sabe cuidar do seu jardim e dele faz um paraíso, e, de outro, como o miserável, levando ofegante o seu fardo, segue o seu caminho sem se revoltar, aspirando ambos, igualmente, a ver por um momento mais a luz do sol... Sim, esse é tranqüilo, forma o seu universo a partir de si mesmo, e é feliz por ser um homem. Assim, por mais limitado que seja, guarda sempre no coração o doce sentimento de que ele é livre e poderá sair da sua prisão enfeitada de figuras multicoloridas e luminosas perspectivas, de sua resignação sonhadora quando quiser. (Goethe - Os Sofrimentos do Jovem Werther).

Ainda sobre felicidade:

A qualidade da vida emocional depende da satisfação com que se vive. Se preferir, a qualidade de vida depende da felicidade, e esta, depende de nosso destino coincidir com nossa vontade, ou seja, estamos felizes se esta acontecendo agora aquilo que eu queria que estivesse mesmo acontecendo. Mas esse evento não é tão simples como parece. A coincidência vontade-destino é mais abrangente do que a simples sucessão dos acontecimentos. Para ser completa a idéia de felicidade, os sentimentos devem ser, nesse momento, justamente aqueles que eu mais queria estar sentindo(agora).


Na prática, isso quer dizer que não basta estar em uma praia paradisíaca curtindo as férias, mas também estar satisfeito e sentindo que minha felicidade está plenamente presente. Também o prognóstico de vida faz parte da sensação de felicidade, ou seja, a sensação de que as coisas continuarão sendo boas.
Juntando essa idéia com a natural aptidão humana para o desejo, para a expectativa, para a pretensão, e sabendo que nos frustramos na proporção em que pretendemos, fica mais clara a idéia de John Stuart Mill ao dizer que “aprendeu a procurar a felicidade limitando os desejos, ao invés de satisfazê-los”.

(Esse último material foi extraído do artigo Crise de Valores e violência – PsicoWeb).
Con-ti-nua...Hehehe..

sábado, 7 de junho de 2008

Fiquem de bem

Fiquem de bem – É a letra de uma pequena canção que escrevi por ocasião de uma de minhas muitas participações em conferências missionárias na Igreja Betesda em São Paulo.

Lembro-me que durante a apresentação dessa canção trouxemos todo tipo de instrumentos musicais ao palco e também um pequeno coral infantil que apelava insistentemente à igreja, que ficasse de bem com a cultura brasileira.

Eis a letra:

Fiquem de bem
Miguel Garcia

Fiquem de bem
Façam as pazes
O Deus que intervém
Vê o que fazes
Deus usará o Brasil
Quando seu povo daqui
For brasileiro,
Não imitação, não.
Mas dispensará o Brasil
Se não quisermos ouvir
Os Seus conselhos,
A Sua instrução

Sal e Luz a canção

Agora tenho o prazer de lhes apresentar a letra de mais uma de minhas canções:

Sal e Luz foi escrita para uma conferência missionária na Igreja Betesda em São Paulo. Trata-se de uma canção com tema e estilo bem religiosos, bem ao sabor das coisas do Ivan Lins e Victor Martins, graças a Deus por isso, graças a Deus por eles, e, como diz o Stênio Marcius: “Obrigado pela música”!

Eis a letra:

Sal e Luz

Miguel Garcia
Há um vazio em cada ser
Nostalgia do Éden perdido
Uma pergunta a responder
Há um problema a ser resolvido

Preocupações diante da morte
Qual seria o sentido da vida?
O caminho é pra o sul, ou pro norte?
Nossos projetos são causas perdidas?

Eu quero falar pra você e pro mundo
Que o meu Deus estava em Cristo
Repartiu amor profundo
Na história é verdadeiro
Deus e homem por inteiro

E o Seu corpo é a igreja
Que usa os moldes de Jesus
Profetiza a onde esteja
Leva vida sal e Luz.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Vale... Sol... Paraíso...

Vale... Sol... Paraíso...
Miguel Garcia


Há dias em que sinto-me rodeado de Paraíso.
Sinto que tudo exala aromas de uma vida en-cantada...

O Sol alto procura devassar a “impenetrável” penumbra dos meus temores, e, apenas alguns de Seus potentes raios são suficientes para evaporar a umidade que embolora percepções.

Nos domínios do coração, à beira de uma cascata de desejos turvos, oculto sob arbustos resguardantes da nudez imaginária, descubro rente ao chão um broto de agonia que anuncia sofrimentos.

Suspiro e digo a mim mesmo: Flutue... flutue no Céu Infinito, no Vale Encantado, Lugar de Delícias!...

Vale, Sol, Paraíso é encontro com Cristo. Esse convívio é troca constante dos mais delicados sentimentos e e-fusão de espírito.

Estou tão feliz!

Estou tão feliz!
Miguel Garcia

Bálsamo para o meu coração agitado
Doce calor da primavera
Parece que sonho acordado
Que a Santa Delícia me espera

Como abelha pairar sobre um mar de perfumes
De o meu Deus me fartar como é de costume

Ver brotar um jardim das colinas da solidão
Vales e encostas floridas, verdor, vastidão...
Doces manhãs, primavera que posso fluir,
Me abandono ao sentido da vida, a Cristo, a sorrir...

Estou tão feliz!
Tão feliz!..

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Promessa

Promessa
Miguel Garcia

Ah meu amigo,

Te prometo meu sorriso
Te prometo corrigir-me
Te prometo o paraíso
Te prometo ficar firme

Te prometo nunca mais
Rememorar pequenos ais
Te prometo rir da sorte
E não ceder à dor do corte

Ah meu amigo,

Irei fluir tempo presente
Dando as costas ao passado
Irei viver urgentemente
Esperançoso, ancorado

Ah meu amigo,

Concluí que tens razão,
Homens sofreriam menos,
Tais seriam bem mais plenos,
Sem fazer concentração:
Na lembrança de seus males,
Nos regressos aos seus vales,
Escavando o inferno e o poço,
Ao invés de um grande esforço,
Pra tornar mais suportável,
Vida:
fruto e caroço.

Inspirado na obra de Goethe: Os sofrimentos do jovem Werther.

Espelho das ilusões

Espelho das ilusões
Miguel Garcia

Eu vi a torrente do gênio,
Eu vi cabedal tão boêmio
Agitado em grandes ondas,
Deflagrando efeito de bombas,
Avançar rugindo,
Normas desavindo,
Perturbar almas maravilhadas,
Afogar vidas enfeitiçadas.

E não havia,..
E não se via:
Homens sensatos,
Bichos cordatos
Que habitassem ambas as margens do rio,
Devorassem sincrônicos: caça e plantio,
Que temessem a devastação de suas casinhas,
Que tremessem de preocupação por suas vidinhas,
Por canteiros de tulipas ou hortas,
Por terreno ajardinado que conforta,
Que soubessem evitar a tempo,
O batismo do afogamento,
Por meio de diques ou sangradouros,
Fuga das águas letais, mau-agouro,
Do perigo e ameaça,
Do juízo e da desgraça.

Eu vi, no espelho das ilusões,
Eu cri, nas imagens das frustrações.

Juro que vi! Eu... vi...

Sensa-tez!

Sensa-tez!
Miguel Garcia

Adeus amor,

Devolva-me o coração
Devolva-me à solidão
As horas dos mil dias
Devolva-me a fantasia

Tanto que lhe consagrei
Testemunhos de um amor
Frutos que jamais neguei
Devolva-me por favor!

Adeus amor,

Devolva-me o sentimento
E os momentos de ternura
Devolva-me os pensamentos
Devolva-me a formusura

Devolva-me o senso bom
A vã justeza da razão
E da tez, a cor, o tom
Devolva-me a emoção

Adeus amor,

Devolva-me tudo
Devolva-me ao mundo
Ao vil desejo surdo
Ao lio suspiro fundo

Devolva-me a Deus
Devolva-me a mim
Devolva-me aos meus
Devolva-me enfim

Adeus amor
Amor, adeus!
Adeus ardor
Dos beijos teus
Há-Deus, ao deus, adeus.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

PEDAÇO

PEDAÇO

Para Miguel Garcia

Amigo, contigo
é com Deus conosco;
comigo,
pedaço de céu
no espaço de tempo
que sonhamos
juntos.

(Paulo Cruz)