quinta-feira, 29 de maio de 2014

Amar é 5


Amar é 5:
Por Miguel Garcia

Amar é:
Atar-se a ousadia de não viver só - aninhar-se na cooperação, pois é o acolhimento que permite a existência.
Amar é a atitude de aceitar o outro de forma incondicional, sem exigir ou esperar recompensa alguma.
Amar é ocupar-se do bem estar do outro e do meio ambiente. Em vez de oferecer instruções do que e como fazer, amar é respeitar o espaço do outro para que ele exista em plenitude.
Amar é ver-se possuído pela emoção fundamental que tornou possível a história da humanidade, determinou as condutas humanas e teceu o convívio social. 
Amar é com-part-ilhar a vida e o prazer de viver experiências com outras pessoas. 
Amar é viver sob o domínio básico de uma emoção, entendendo emoção não como um sentimento, mas como formas de relacionamento. 
Amar é superar o místico, o transcendental, as diviniz-ações no “amar” e dar as mãos ao im-perfeito, umbilic-ALL – humano. 
Amar é manter-se fiel a si mesmo – ao chamado de fazermos de nós tudo o que pudermos. 
Amar é uma dinâmica relacional espontânea: verbo, não substantivo.
Amar é dizer não às “relações” de dominação, sentimentos agressivos, arrogância e competição, que se contrapõem aos fundamentos amorosos.
Amar é um respeito pela individualidade. 
Amar é conexão com o que nos permite ser vistos, ter presença, ser escutados, enfim, existir como pessoa.
Amar é um tipo de comportamento em que não há expectativas e preconceitos – impera a aceitação do outro como legitimo outro em convivência - da forma como ele existe.
Amar é recuperar em nós o que é constitutivo do nosso ser.
Amar é não exigir nada, é não pedir retribuição, pois quando surge a exigência desaparece o amor. 
Amar é não admitir críticas, pois elas significam a imposição dos desejos de alguém sobre outra pessoa e isso dissipa o prazer de estar junto.
Amar não tem nada a ver com tentar mudar os outros. Cada qual tem de assumir se próprio processo de mudança. Não se pode querer transformar o outro. Isso não é um ato de amor verdadeiro – quando tentamos mudar o próximo, estamos visando nossos próprios interesses e valores. A transformação deve ser feita por cada um de nós e para o nosso próprio bem. Se alguém não merece seu amor, não tente inter-ferir na sua conduta. Afaste-se. Você tem a liberdade de escolher com quem quer estar. 
Amar é valer-se da única emoção que expande a conduta inteligente em toda a sua magnitude possível, trazendo à mão todos os recursos intelectuais e racionais de que a pessoa dispõe.
Amar é engajar-se na luta contra o sofrimento que brota da negação do amor. 
Amar é reconhecer outros e a si mesmo como filhos do Amor.
Amar é praticar o que é natural e, portanto, amar é sempre amar à primeira vista. 
Amar é sinônimo de coexistência respeitosa. 
Amar é não competir, amar é compreender, aceitando a forma de ser do outro, respeitando sua legitimidade de ser o que é e como é. Amar é co-existir nos construindo mutuamente, amar é permitir que o outro nos provoque movimentos e, simultaneamente, nos leve ao movimento, levando-o a movimentar-se. Amar é construir modos de vida pautados na cooperação.
Amar é não precisar de motivos para amar - não carecer de justificativas para amar. Amar é simplesmente amar, seguindo uma pulsão natural. 
Amar é fazê-lo de forma tranquila e responsável.
Amar é enfrentar a realidade de que o finito não pode ser perfeito.
Amar é deixar de representar o parceiro (a), ou como uma subespécie entre as coisas que não dão satisfações prazerosas, ou como a encarnação rediviva do amor a Deus. 
Amar é abandonar o vício de viver o amor como deficiência, frustração e, passar a vivenciá-lo como realização.
Amar é ter a coragem de sair do estágio afetivo infantilizado/infantilizador – o de quem nunca cumpre o que quer para si, em vez de estar renovando os estilos de vida com os outros e reinventando novos encontros – novas maneiras de ser feliz... 

Ins-pirado nas fertilizações de J. Freire C., Ximena D. e U. Maturana, por Miguel Garcia.
Vassum Crisso

Lenha na fogueira!


Lenha na fogueira!
(Em clima de insatisfação e Protesto)

"Eu sei quem você é:
Você é o cara que ferra a vida de todo mundo e depois vai velejar no seu iate, quando não está em sua casa em Hampton ou agendando aulas de tênis em seu apartamento com vista para o Central Park.
Eu tenho observado você!
O problema de caras como você é que vocês nunca param de se vangloriar, então, enquanto o povo está na lama, vocês ficam folheando revistas de fofocas, procurando sua foto lá dentro – garantindo que todas essas revistas do país saibam do seu triunfo. 
Você fez um “bom” dinheiro com a habilidade que tem para violar os direitos humanos – apropriar-se do patrimônio concreto e intelectual alheios, poluir ambientes naturais e abusar da boa fé e esperança de gente simples.' Diálogo de um "filme"... blá, blá, blá, etc... Gostei do tom da conversa... MG

Capitalismo é como o “forte” sobrevive e o fraco morre.


Capitalismo é como o “forte” sobrevive e o fraco morre. 

Sabia que não há ninguém na terra com mais de 100 milhões de dólares que tenha feito isso honestamente?
Por que não dá uma olhada nos antigos ricos:
Os Vanderbilt, os Cannergie, os Getty, os Morgans, os Hurst, os Rockfellers...
Como acha que fizeram todo aquele dinheiro?
Eles simplesmente anexaram territórios, licenças, negócios, mataram a população nativa, importaram escravos, venderam armas, tanto para o norte como para o sul durante a guerra civil, controlavam os políticos, adestraram o clero igrejeiro e, apesar disso tudo, tornaram-se heróis do país. 
Ensinamos o que para nossas crianças?
Ensinamos que honestidade e trabalho duro são as chaves para o sucesso, mas notem que os filhos dos ricos não vão para nenhuma guerra. Eles vão para Yale, para Harvard.
Os brancos estúpidos, a escória e as crianças negras do gueto é que vão lutar nas guerras norte-americanas sem sentido e vão proteger os negócios, e a segurança norte-americana, e serão esses negócios bem sucedidos e os interesses dos donos do mundo que os tornarão mais ricos e mais ricos. E o patrimônio dessa casta irá aumentar cada vez mais e será a mesma história de sempre:
São os banqueiros, os proprietários e os consultores que enriquecem.
E são as pessoas pequenas que sempre pagam a conta no final, em todas as esferas e domínios. 
Isso é o capitalismo:
É como o “forte” sobrevive e o fraco morre. 

Diálogo de um filme de quinta categoria... Nenhuma “película” dá conta de ser miserável em todos os sentidos! Vassum Crisso - MG

O que Deus uniu...??? Sobre o perfil das criaturas de Vênus

O que Deus uniu...??? 
Sobre o perfil das criaturas de Vênus

"... o amor da mulher se dirige em geral para objetos, não direi mais concretos, mas mais imediatos, mais materiais, se se quiser, do que o amor masculino. O ideal da mulher está muito mais «encarnado» que o do homem. A mulher "foi criada"(programação evolutiva) para se sacrificar pelos seres que a rodeiam e que conhece, e assegurar o futuro imediato da humanidade. O homem, pelo contrário, está votado a um dom mais universal; a sua missão é entregar-se ― desgastar-se muitas vezes ― por fins sem dúvida igualmente reais, mas muito menos próximos no tempo e no espaço. A mulher vela pelas subestruturas, o homem pelas superestruturas. E não creio que estas duas funções ganhem nada por estarem invertidas como o estão freqüentemente nos nossos dias (há que confessar, no entanto, que com algumas exceções). A consciência pública considera espontaneamente um fraco, e até como um covarde, um homem que, ao ter de optar por uma coisa ou por outra, sacrifica a sua missão na sociedade ao amor de uma mulher, ao passo que uma mulher que, em face de idêntico dilema, renunciasse a um ser amado para fazer política ou filosofia, seria, com razão, tida por ridícula. O heroísmo está polarizado de uma maneira muito diferente segundo os sexos... E o egoísmo também (refiro-me ao egoísmo normal, ao egoísmo bom): o da mulher consiste em abstrair das coisas longínquas e universais para melhor se dedicar às coisas próximas; o do homem em desprezar, em certa medida, as coisas imediatas com vistas a um dom mais elevado e mais longínquo. Esta divergência não se pode dar sem certos choques.

Um homem, por exemplo, fica um pouco desiludido quando, no meio de uma conversa em que ele expõe com entusiasmo à sua mulher as suas mais caras convicções, esta o interrompe para lhe dizer: «A propósito: E se eu fizesse um soufflé com queijo para o jantar?». Inversamente, as mulheres espantam-se muitas vezes da falta de delicadeza e de atenção dos homens em mil pequenas circunstâncias da vida quotidiana. Para não sofrer com estas coisas é preciso compreender o cônjuge e saber que se pode ser amado por ele tanto ou mais do que o amamos, mas não com o mesmo amor. Além disso, entre os esposos, a reciprocidade do amor dá sempre origem a uma certa identidade de amor. O afeto da mulher universaliza-se em contato com o ideal do seu marido; do mesmo modo, o amor do homem ganha em delicadeza concreta em contato com a ternura feminina. A vida em comum presta a cada um dos cônjuges o maior serviço que pode receber um ser limitado e unilateral; ser salvo de si mesmo...

Uma outra diferença essencial na estrutura do amor dos esposos. O afeto feminino é infinitamente menos dependente do intelecto que o do homem. Existe, na mulher, uma espécie de autonomia do coração. Um homem ama uma mulher pelas suas qualidades: (tem ou julga ter razões para amar) justifica o seu amor em face da sua consciência. Uma mulher, pelo contrário, amará um homem por si mesmo. Um homem dirá: Amo-te porque tu és bela, ou meiga, ou boa, etc. A mulher dirá simplesmente: Amo-te porque te amo! Para o homem, amar é preferir. Para a mulher, amar é não comparar. Percebe-se o matiz..." Gustave Thibon

Sobre homens de Deus e de outros homens


Sobre homens de Deus e de outros homens


Homens de Deus tendem a fragmentar mais do que integrar.
Homens de Deus sonham com incorporar o desconhecido. Não sabem ou não querem saber que integrar pressupõe conhecimento, pois o desconhecido não integra nada.
Homens de Deus não sabem ouvir. Quando alguém lhes fala, em vez de escutarem até o fim o que o locutor tem a dizer, logo começam a comparar o que está sendo dito com suas ideias e referenciais prévios. Ouvir até o fim, sem concordar nem discordar, é extremamente difícil para eles. Não sabem como lidar – mesmo de modo temporário com o pouco conhecido ou o desconhecido.
Homens de Deus geralmente operam dentro de um modelo mental chamado de automatismo concordo/discordo. 
Quando a singeleza perceptiva ou mesmo um arroubo emocional qualquer leva um ardoroso expectador à lançar-se na aventura de dialogar com um homem de Deus, de imediato esse último assume duas atitudes: a) “já sei o vão me dizer e concordo; portanto, não vou perder tempo ouvindo chuva no molhado”; b) “já sei o que vão me dizer e discordo; assim, não tenho mesmo porque ouvir até o fim”. Em ambos os casos, o resultado é o mesmo: homens de Deus costumam negar a quem lhes fala, a capacidade ou a possibilidade de dizer algo de novo – o que na prática pode corresponder à negação da existência de quem insistiu na tentativa de estabelecer contato com os mesmos. 
Homens de Deus não abrem mão de crenças arraigadas. Sabem exatamente como o mundo deve ser e abrigam certezas inabaláveis.
Homens de Deus confundem preconceitos com virtudes e trilham pelo estreito caminho que conduz à conclusão. 
Homens de Deus costumam ficar convencidos de que já sabem tudo sobre uma determinada pessoa, situação ou assunto. Convencem-se facilmente de que não há mais nada a aprender. Sempre que são defrontados com uma ideia ou situação nova, a tendência deles é compara-las de imediato com seus referenciais, isto é, tentam enquadra-las neles, reduzindo-as a eles. Assim, é fácil deduzir que quanto mais agarrados aos seus pressupostos, mais a percepção e compreensão deles se estreitam e se tornam obscuras. A fixação em determinadas ideias constitui o principal motivo dos homens de Deus serem tão resistentes ao novo e à mudança. As atitudes deles fecham portas e obscurecem caminhos.
Se os homens de Deus pudessem suspender – ainda que temporariamente seus pressupostos – um mundo novo se abriria diante da percepção deles e perspectivas inéditas se tornariam possíveis. 
 Vassum Crisso - MG

sábado, 3 de maio de 2014

Sennas de “objetos transferênci-ais”:

Sennas de “objetos transferênci-ais”:

Desconcerta a imaginação. Impossível não ficar abismado ante as fantásticas exibições de tristeza de povos inteiros ao morrer um de seus ídolos/chefes/heróis e afins.
O extravasamento emocional descontrolado, as massas aturdidas acotovelando-se de pé nas praças às vezes dias a fio, pessoas adultas rojando-se pela onda que se dirige para o esquife ou a pira funerária – como entender um tão maciço e neurótico estado de desespero”? Só de um modo: ele demonstra um estado de choque intenso com a perda do “nosso” baluarte contra a morte. As pessoas aprendem, em certo plano silencioso de suas personalidades: “Nosso lugar de poder para controlar vida e morte pode ele mesmo morrer; por conseguinte, nossa própria imortalidade está em dúvida”. Todo choro e ranger de dentes, afinal de contas, é por si próprio, não pelo falecimento de uma grande alma, mas pelo nosso próprio iminente falecimento.  Os donos do mundo começam imediatamente a rebatizar ruas, praças e aeroportos com o nome do morto: é como uma afirmação de que ele será imortalizado fisicamente na sociedade, a despeito de sua morte física.
Senhoras e senhores: estamos flutuando no espaço e a caveira arreganhará os dentes mesmo para os mais otimistas, ricos e “poderosos”.  MG

Ins-pirado em Becker, O, Rank e outros bichos! – Vassum Crisso - MG