sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Para quem ainda não sabe que é religioso: míticas personalidades do Ganzá, da banda do Jazz, torcida do flamengo e restante da criação

Para quem ainda não sabe que é religioso: míticas personalidades do Ganzá, da banda do Jazz, torcida do flamengo e restante da criação - por Miguel Garcia.

Toda sociedade é uma religião, quer admita ou não: a "religião" 'soviética' e a "religião" maoísta são tão verdadeiramente religiosas quanto a "religião" científica e a do consumismo, não importa o quanto possam tentar disfarçar-se mediante a omissão de ideias religiosas e espirituais de suas vidas. Nossa sociedade, mesmo à partir de Newton, por mais cientifica ou secular que alegue ser, ainda é tão "religiosa" quanto qualquer outra, em outras palavras: nossa sociedade "civilizada" não passa de uma esperançosa crença e protesto de que a ciência, o dinheiro e os bens façam com que o homem valha mais do que qualquer outro animal. Nesse sentido, tudo aquilo que os bichos-humanos fazem é religioso e aspirante ao heroísmo e, no entanto, corre o perigo de ser fictício e falível. Cada sistema cria papéis para a realização de vários graus de heroico: do "alto" heroísmo de um Churchill, um Mao, ou um Buda, ao "baixo" heroísmo do trabalhador das minas de carvão, do roceiro, coletor de café, do camponês, do simples sacerdote; o simples, habitual, terrestre heroísmo desempenhado pelo trabalhador de mãos calejadas que sustenta uma família mesmo na fome e na doença.
Não importa se o sistema de heroísmo de uma cultura é francamente mágico, religioso e "primitivo", ou secular, cientificado e tecnológico-"evoluído". É mesmo assim, um sistema de heróis mítico, no qual as pessoas se esforçam para adquirir um sentimento básico de valor, de serem especiais no cosmo, de utilidade máxima para a criação, de significado inabalável. Elas "adquirem" esse sentimento escavando um lugar na natureza, construindo uma edificação que reflita o valor do homem: um templo, uma catedral, um totem, um arranha-céu, uma família que se estenda por três gerações. A esp-erança e a fé estão em que as coisas que o homem cria em sociedade tenham um valor e um significado duradouros, que sobrevivam ou se sobreponham à morte e à decadência, que o animal-humano e seus produtos tenham importância. Vassum Crisso - Referências: Rank, Baker, etc...

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Clara - Miguel Garcia (Consagrado a Fátima Nascimento)


Pau neles, em nós e no resto do mundo!...

Pau neles, em nós e no resto do mundo!...
Viva o culto ao próprio umbigo e a tragédia de Narciso. Viva o desejo de se destacar e ser o tal da criação. Viva o cara, a mina - o objeto de valor fundamental, o primeiro no universo, o que representa em si mesmo a totalidade da vida. Viva o animal que adquire seu sentimento de valor mediante símbolos e, por conta disso, tem que se comparar em todos os mínimos detalhes com aqueles que o cercam, para ter certeza de que não vai ficar em segundo lugar. Viva esse "meio de existir", essa busca por si mesmo, viva a "relevância" num mar de infor-m-ações, viva a confirmação de estar vivo e presente no cenário, viva o espreitar e o espreitado: pau de Self neles, em nós, no resto do mundo! MG - Vassum Crisso