segunda-feira, 30 de março de 2009

Sem tí-tu-lo

Sem Tí-tu-lo
Miguel Garcia


Pra ser sincero ando que é puro desespero. Nada se encaixa, nada me encaixa, nada faz sentido. Expectativas de outrem se avolumando sobre mim torturam minha alma, sufocam de desejo, esmagam sentimentos. Mal consigo abrir os olhos, mal consigo respirar e não dá mais pra fugir de mim mesmo ou dissimular. Estou por toda parte assombrado e perseguido. Meu olhar fere como flecha envenenada... já não posso contemplar-me... Cada infeliz sou eu, cada andarilho sem destino, cada medonho, cada moribundo, cada insatisfeito, solitário, cada perturbado, cada louco, cada viciado e, contudo, eu mesmo não sou ninguém, sou apenas um nada, um caos, um vazio, não existo mais, não ao ponto de dar-me conta disso.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Profe-cio da terra!

Profe-cio da terra!
Miguel Garcia

Em-verde-há-de...,
em-verde-há-s-de florecer no Sur de Min-s...
Flóreas-cordilheiras –
montanhas, cachoeiras!
O povo daqui "é gente hulmilde,
que vontade de chorar"!
Louvada, louvada,
bendita nas ladeiras!
Doces frutos:
mulheres brasileiras.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Sobre gregarismos Orkut-icos

Sobre gregarismos Orkut-icos
Miguel Garcia

Em tempos de crise até um "Buda" mostra a cara em feira livre, muito embora, abrindo mão da "divindade" por tal ato de "imprudência".
Assim como a flor de lótus azul, vermelha ou branca nasce nas águas, cresce e se mantem intangível sobre elas, a partir de agora, dado à luz à essa imensidão virtual, desejo expandir-me feito raiz faminta - transcender limites e existir in-tocado por eles, lembrar de mim como aquele que é d-esperto!
________________________
Vish!-nu-n-é-que-manifestei-me-no-Tao-Orkut...

terça-feira, 24 de março de 2009

Labir-in-ti-forme

Labir-in-ti-forme
Miguel Garcia


Não raras vezes, quando considero o Deus, ele se me apresenta com a vossa face amiga, amigos!
E é aí que sou elevado às alturas de mim mesmo. Sussurro e canto que é bom estar vivo e que morte não existe.


Tudo por conta de vós meus edifícios, meus corredores, galerias de feitio complicado. Só a custo de dores me acerto com a saída de vós - labirintos meus - espelhos.


Jardins cortados por ruas entrelaçadas, complexas e aventureiras. Meus desenhos de linhas sinuosas - traçados meus - feições belas torturantes, cavidades infinitas, meus dons, meus amores, meus benditos, meus amigos!

sexta-feira, 20 de março de 2009

Question-ando...

Question-ando...
Miguel Garcia

Ou não te importas que morramos aqui, ou talvez seja ilusória a tempestade, o real seja encharcado de Amor e Deus seja criança em sono encant-a-dor.
Psiiiu!...Silêncio!... Tenham fé!

sábado, 14 de março de 2009

O Músico de Hoje

Comentário de Miguel Garcia sobre o artigo de Michel Leme: O Músico Hoje, acesse: http://blogs.myspace.com/index.cfm?fuseaction=blog.view&friendId=165807278&blogId=255347626

Olá Michel Leme,

Que prazer depositar aqui algumas consider-ações singelas e reverentes.
De antemão quero que saiba do meu apresso por seu esforço em pro-mover a observação compartilhada da experiência e percepção de idéias novas. Receba o meu aplauso por seu empenho na produção de diálogos que certa-mente ampliam a percepção cooperativa do real, o que nos leva a melhor compreender o mundo em que vivemos e a lidar com ele de maneira mais humana, sensata e plena.

Lendo seu importante artigo aqui presente, lembrei-me de um belíssimo poema de Antônio Cícero:

Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em cofre não se guarda coisa alguma.
Em cofre perde-se a coisa à vista.
Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.
Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por ela,
isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,
isto é, estar por ela ou ser por ela.
Por isso melhor se guarda um vôo de um pássaro
do que um pássaro sem vôos.
Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,
por isso se declara e declama um poema:
para guardá-lo: para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
guarde o que quer que guarda um poema:
por isso o lance do poema:
por guardar-se o que se quer guardar


Obrigado por guar-dar, vigiar, velar e estar por nós em assuntos tão urgentes e desafiadores como os que você trouxe à tona.
Penso que sua trajetória de vida fale por si só, sendo assim, não carece de minhas considerações e comentários, apesar disso, insisto em afirmar e apoiar sua pulsão artística gritante e vibrante - este som que profetiza e anuncia a chegada do reino de Deus na subjetividade humana – reino de liberdade ao alcance de todos, para que não se en-caixem ou sejam en-quadrados em esquema algum, para que não temam construir a própria história de vida. Sua arte aparece como um convite para irmos além dos limites, ao salto, à transgressão da normal alienante, ao protesto responsável e consciente, quiálterando realidades, poliritimando pseudos saberes e pressupostos, atonalizando as estruturas com coragem e ousadia, para que no fim encontrarmos a nós mesmos - íntegros o mais que pudermos - Crísticos.

Por último e não menos importante, segundo o Gilberto Gil:

...Do luar não há mais nada a dizer
A não ser
Que a gente precisa ver o luar
Que a gente precisa ver para crer
Diz o dito popular
Uma vez que existe só para ser visto
Se a gente não vê, não há
Se a noite inventa a escuridão
A luz inventa o luar
O olho da vida inventa a visão
Doce clarão sobre o mar
Já que existe lua
Vai-se para rua ver
Crer e testemunhar
O luar
Do luar só interessa saber
Onde está
Que a gente precisa ver o luar

Digo o mesmo de sua pessoa não contida, de sua arte e inquiet-ações latentes e redentoras do ser total, a saber, do meu próprio e com certeza de multidões de outros.

Há-braços dispostos a somar!

Humildemente,

Miguel Garcia

quarta-feira, 11 de março de 2009

Abraçando o todo da realidade possível

Abraçando o todo da realidade possível
Miguel Garcia

"Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito, dentro do coração" - Milton

Amizade é algo vital que experimentamos de forma nítida e clara através do Amor. Amizade trans-parece Eternidade, como acontece quando pomos uma cortina nas janelas para atenuar a luz que apesar disso vaza e inunda os ambi-entes.

Ainda ontem falando com um amigo, lembro-me de ter-lhe dito que fiz tudo errado na vida, ao que ele interpelou: “tudo é muito e não somos capazes de tanto.”
Esta sábia fala amiga conduziu-me à confissão de que na verdade não acredito nesse - absurdo absoluto - o que é uma contradição de termos, posto que para realizá-lo seria necessário ser um deus ou algo parecido - causa de si mesmo e do universo. A gente diz essas coisas temendo que os amigos encontrem em nós, provas ainda mais contun-dentes-afiados que rasguem e devorem a frágil e pouca auto-estima que nos resta em momentos de angustia.
Fecho contigo amigo: tudo é muito e não somos capazes de tanto.

A partir desse ponto quero com-part-ilhar - guar-dar com vocês uma experiência divina, aquilo que irrompe na transparência dos escritos de André Comte-Sponville:

“Ninguém é causa de si, nem portanto (em última instância) de sua alegria. Toda série de causas, e há uma infinidade delas, é infinita: tudo se amarra, e nos amarra, e nos atravessa. Todo amor, levado a seu limite, deveria pois tudo amar: todo amor deveria ser amor a tudo (quanto mais amamos as coisas singulares, poderia dizer Spinoza, mais amamos a Deus), o que produziria como que uma gratidão universal, não indiferenciada, é claro (como poderíamos ter a mesma gratidão pelos passarinhos e pelas cobras, por Mozart e por Hitler?), mas global pelo menos no fato de que seria gratidão pelo todo, de que não excluiria nada, de que não recusaria nada, mesmo o pior (gratidão trágica, logo, no sentido de Nietzsche), pois o real é para pegar ou largar, pois o todo do real é a única realidade.”

terça-feira, 10 de março de 2009

Não nos enganemos: fé cristã é engajamento perigoso e sem reservas!

O Cristianismo na Burguesia
Monseñor Nelson Magalhães da Costa Filho.


O Cristianismo, em particular, o latino-americano, dirige-se em direção de uma libertação, da pressão de uma religião manipulada pelo sistema burguês. E isto é evidente!

Tal efeito implica: conversão dos corações e o modo de vida da sociedade burguesa.
A religião na burguesia é empregada para consolidar e fortalecer ainda mais àqueles que, em privilégio, possuem bens neste mundo. Visa então, garantir o poder de uns e a miséria de outros. Por isso, é inconcebível a relação: religião cristã e religião burguesa, isto é, o cristianismo e burguesia.

Portanto, o futuro do Cristianismo, em especial, o da América Latina, está verdadeiramente em jogo: há o perigo de substituir o futuro messiânico pelo nosso próprio futuro, isto é, aquele do qual somos senhores há muito tempo.

A religião burguesa alucina a ação da religião cristã, que é a conversão dos corações, fazendo da fé, apenas, uma simples fé professada, e nada mais além disso.

Através do Evangelho e da colaboração da igreja, a conversão dos corações, que é uma conversão interior, movimenta-nos para mudanças concretas, sociais.

Seguimos a Cristo, ou simplesmente acreditamos no seguimento para Cristo?
Temos compaixão, ou apenas acreditamos na compaixão?

Amamos, ou dizemos simplesmente sobre o amor pelo semelhante?
Nisso observamos que, a teologia na burguesia não é artigo de fé, mas, sim, uma ideologia do conformismo e do egoísmo, sendo que sua escatologia, afinal, mostra-nos de que tudo acabará bem e ter-se-á solução.

O Cristianismo proclama: seguimento de Cristo, conversão, amor abnegado e prontidão a sofrer; a religião burguesa: autonomia, estabilidade, posse, sucesso, busca de interesses próprios e futuros. Há um grande abismo entre estes dois pólos!

Deveras, ao invés do Evangelho converter os corações dos burgueses, estes, ao contrário, transformaram e acomodaram, o Evangelho e a igreja de Cristo, numa “sua” religião; Igreja da Burguesia, para as suas necessidades de segurança.

A vida aburguesada, a estabilidade, a concorrência e a produtividade, dificulta o seguimento de Cristo, encobre o amor desinteressado. Lamentavelmente, existe, na realidade, um cristianismo de fé apenas professada, e, não, de ação. Que paradoxo!

A burguesia se serve da religião, somente quando precisa dela. Assim tem-se uma religião que não reconforta a ninguém. Deus é um objeto que entra em uso quando é acionado para fins de interesse.

Nós, cristãos conscientes, apelamos para uma conscientização da fé e da religião cristã.
Importa que os cristãos se modifiquem, e não se comportem como meros dirigidos.
É essencial!
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Nesse mundo de fetichismo e merchandissing - de manipulação de todas as coisas, a maior parte das instituições - massas de pessoas juntamente com seus gurus e mentores, são inevitavelmente compostas de "adoradores" e, portanto, de "religiosos". Não há diferença alguma entre seus objetivos e intenções.
O escândalo da cruz ainda não faz sentido algum para a grande maioria, posto que ela, a cruz, tornou-se símblo de triunfo da igreja. Um pobre como libertador dos pobres, um homem vulnerável e impotente como salvador de todos os que estão feridos, um débil como redentor dos débeis parece escandaloso e contraditório por demais para ser verdadeiro.
A gleba maior não consegue ou simplesmente não deseja aceitar a mensagem do crucificado dos crucificados. Contudo não nos enganemos: fé cristã é engajamento perigoso e sem reservas.(Miguel Garcia)

segunda-feira, 9 de março de 2009

Visite o Blog do poeta e meu amigo PC

Carregando Minha Cruz - Poemas http://www.paulopoeta.blogspot.com/

Fecho contigo no que o amor quiser re-cl-amar, fecho contigo, no que o amor fizer...

Sim, estive passe-ando por suas paisagens poéticas. Sor-vendo riquezas inauditas nas muitas formas e cores, na melo-dia harmoniosa de tudo. Eis que havia perfume no ar, havia pegadas e marcas de viaj-antes, havia transparência de Etern-idade e abrigo...

Repen-ti-na-mente notei que estava a-com-panhado por um sentimento que brilhava e iluminava tudo. A sensação inspiradora só me permitia pensar em duas palavras pequeninas: seja agradecido!

Sou grato por você exist-ir meu amigo. Exist-ir e vir poetizando... Sou grato por nossa amizade vi-andante nas tardes e in-tervalos do tempo... Sou grato por todo bem que você me faz!

Há-braços ternos-sem-gravatas...

Miguel Garcia

sábado, 7 de março de 2009

Bola pra frente!

Bola pra frente!Miguel Garcia

Você esbanja avareza por quase tudo, ulti-ma-mente até por si mesma e, quando reclamo, você justi-fica como se nada houvesse acontecido: "não se preocupe "amor", bola pra frente, impre-vistos acontecem!" Suspiro de pena e horror ante a rudeza de suas pa-Lavras, mendicancia das justificativas, perco o fôlego e não verbalizo a angústia a me consumir por dentro e, enquanto meu sen-ti-mento se debate em meio às chamas torturantes, medito silente sobre tudo: afinal de contas, onde e com quem estaria a "bola" dessa partida imaginária?...

Pen-se...

Pen-se...
Miguel Garcia

Pen-se... idéias Editadas, Fatimadas, Adéliadas, Ceciliadas... e na "ausência" de algo mais in-tegrado e integra-dor pen-se idéias PCzadas, Garc-ilhadas, Queirugadas, Moltmadas, Tillicadas, Bultmadas, Ric-"ardidas", Sobri-“nadas” que sejam, por que não? Abandone pressupostos e apenas pen-se color-ido.., color-indo...


Pen-se emba-lado por mulheres ur-gente-mente. Elas arti-culam com a total-idade do re-All, tangem com dextreza única a experiência do ver-Dadeiro-Deus. Os homens são uns exi-lados desse mundo integra-dor (pobres criaturas), mesmo assim não desanime, pen-se...

Pen-se.. bem , pen-se solto e arraigado, pen-se alto, baixo e largo, pen-se aberto, fechado e entreaberto, pen-se águia, galinha, lebres e minhocas, pen-se..., pois, se nada en-caixa ou en-quadra nem mesmo o que é finita-mente “débil” e criatural - que positiva-mente "transgride" e "cai" para o alto de si e para fora dos padrões e limites pré-deter-minados evolu-indo - quanto mais a Causa inici-All de tudo, não transgre-diria e para o alto "ca-iria" e-terna-mente...?

Pen-se...: Por ventura caberia o Mist-ério no box das invenções, projeções e forma-t-ações humanas?
Encare a realidade que brilha e ilumina - o pensamento radical - a experiência de fundo, Font-ALL, senhoras e senhores: eis o Emanuel - o Deus-Mané-que-ninguém qué, Aquele que outrora também não foi recebido - o Deus que "agora" armou tenda em carne humana, só agora? Pen-se...

Encare essa realidade e viva bem - sem tantas neuras, medos e angústias dis-pensáveis, pen-se..., s-in-ta..., veja o que está exposto e la-tente em cada um de nós e em todo o uni-Verso, nunca fora e no alto, pen-se...

quinta-feira, 5 de março de 2009

Sobre carências

Sobre carências
Miguel Garcia

Carência de fé em Deus não é carência de fé em Deus. É carência de fé na vida - em si mesmo(a) e no Outro(a)!

In-tu-indo

In-tu-indo
Miguel Garcia

...siga o seu coração...Ec 11:9
Junte tesouros na terra da ação exterior, no assim ch-"amado" cotidiano, “prosaico”, “l-imitado”, “enraizamento”, “maquinal”, “ab-surdo” - coisas ro-ti-n-eiras, “rudes”, “mal-parecidas” e in-clu-idas em si.
Abaixo a cultura do dualismo patriarc-All!
Faça amor com a essência do todo e o faça de corpo inteiro.
Não viva a ilusão de que “ser homem bastaria, que o mundo masculino tudo lhe daria do que quisesse ter”. Que nada!...(Gil)
Não queira transcender realidade alguma, apenas viva, pois a Vida flui da totalidade. In-tua, in-si-sta, per-man-eça, per-dure.
In-tu-ição é ato de ir percebendo clara-mente a ime-dia-tez de todas as coisas, é pres-sentir - pres-sentimento a flor da pele flórea - ins-tinto e ad-vinh-ação vinosa - sor-ver Deus na transparência de todas as coisas.

Faça isso e viverá bem, pois transparência é transcendência em imanência.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Sobre a inveja: essa admir-ação infeliz

Sobre a inveja: essa admir-ação infeliz Miguel Garcia
Meu Deus! A inveja é o motor do soci-ALL impulsionando as rel-ações inter-pessoais. Ai mundo-pantanoso - reino de ventrudos seres sapais. Ai de quem for vaga-lume a descoberto.
Por que me encobres? Indagou o pirilampo em agonia, semi-esmagado pelo peso do batráquio (criatura semelhante a rã) que saltou sobre ele de encantado por sua luminosidade. Por que brilhas? Foi resposta do batráquio de ventre gelado, sem dar-se conta do que estava infringindo à delicada criatura fosforescente.



terça-feira, 3 de março de 2009

Falsa-mente angustiado

Falsa-mente angustiado
Miguel Garcia

Meu desespero não atinge grandes profund-idades. Milhares de kilômetros mergulhado em mim, tal qual milagre súbito nas "entranhas" do Ser estasiado, tudo se faz incrivelmente pacífico e silente como na Eternidade, benfazejo como descansar à sombra de um arbóreo florífero e adormecer inalando o perfume de suas flores-frutos, sonhar com Beleza, depois
a-cor-dar e lembrar tudo o que se viveu em sonho e em Verdade.




Cópias de-nomi-nacionais!

Cópias de-nomi-nacionais!
Miguel Garcia

Escolha um bispo ou um apóstolo para nós; veja que todas as outras denomi-nações têm seu chefe – führer - seu “dignitário eclesiástico” – “homem-de-Deus”, disseram a boca miúda, na palavra da alma - linguagem corporal - gestos, por ações e principalmente por omissões constantes, alguns pseudo-membros de uma de-terminada igreja no interior de Minas.

A pastora dessa comunidade desafiadora por certo não ficou contente com a exigência travestida em pedido carregado de rejeição, ingratidão e preconceitos certamente herdados da “cultura” e tradição patriarcal hegemonizada pelos homens, até porque uma mulher geralmente não se move em categorias duais, posto que seu modo de experimentar o real é holístico, inclusivo e globalizado. Uma mulher pensa com o corpo, os homens com a cabeça. A mulher pensa com a totalidade da sua realidade, o que a torna muito mais afim à realidade da vida, enquanto os homens se auto exilam deste mundo integrador, foi aí que ela orou ao Senhor pedindo conselho.

‘Faça o que eles pedem’, respondeu o Servidor da humanidade, ‘pois é a Mim que rejeitam, e não a você – eles não querem que Eu seja a Fonte originária geradora de todo ser, conatural do humano – Emanuel – Deus com, neles – Deus-eles, mas sim um Deus que venha de fora para dentro e de cima para baixo, eles me rejeitam porque é mais fácil admirar ídolos distantes, talvez “protetores” por sua majestade inalcançável...

Faça conforme eles pedem minha querida, mas também não deixe de avisar a eles, com toda seriedade o que é ter um chefe-homem-deus!’. Assim, a boa pastora contou ao povo desejante o que o Servidor havia dito:

‘Se vocês insistem em ter um bispo ou apostolo-homem-deus, ele vai convocar os seus filhos e filhas para o “mistério de louvor e adoração” – cultos e reuniões intermináveis e esses rapazes e moças terão de correr na frente das demandas clericais – ensaios ensurdecedores e preparação das missas e cultos opressores que viciam no mal gosto e alejam o corpo místico irremediavelmente; alguns serão obrigados a chefiar equipes nas equivocadas e ab-surdas cruzadas de expansionismo das ideologias e negócios religiosos apostólicos e bispais, enquanto outros trabalharão como cativos in-ternos-e-gratas sofocantes; serão forçados a manter os maga-projetos do bispo ou apóstolo im-pecáveis e dando lucros exorbitantes, além de serem obrigados a encantar a turma matizada embalando colheitas contínuas de “ofertas” barganhadoras, em detrimento total dos “ofertantes” interesseiros; terão de inventar novas e eficazes maneiras de manter a multidão anestesiada e alienada de si enquanto os bolsos e almas delas vão sendo esvaziados.

O bispo-chefe ou apostólo-homem-deus vai tomar suas filhas e levará essas moças à imbecilidade, à barbárie e à separação total de si mesmas, desse modo, tornar-se-ão úteis como mão de obra barata ou mesmo escrava nos ambiciosos projetos deles. Os chefes tomarão de vocês: o melhor de seu tempo, criatividade, paciência, energia, inteligência, talentos, recursos financeiros e dará essas riquezas aos amigos deles, de preferência aos americanos, para posteriormente lucrarem com isso de algum modo. Tomarão a décima parte dos suados salários de vocês, e darão aos “amigos” prediletos deles...

Vocês terão de entregar a essa “gente” inescrupulosa a décima parte de tudo que ganharem com esforço e, apesar disso, serão escrav-usados até a última gota de sangue e, depois disso, descartados. Vocês vão chorar lágrimas amargas por causa deste bispo “milagreiro ou apóstolo “prodigioso” que estão exigindo, mas o Servidor da humanidade estará impossibilitado de ajudar vocês’, posto que são livres.

Porém o povo não quis atender ao aviso da pastora-profeta. ‘Mesmo assim, ainda queremos um apóstolo chefe ou um bispo-homem-deus, eles disseram, ‘porque desejamos ser iguais às denomi-nações ao nosso redor.

‘O bispo, missionário ou apóstolo nos governará, e nos conduzirá à tão sonhada, desejada e mesmo cobiçada prosperidade’.

A pastora-profeta contou ao Servidor da humanidade, tudo o que o povo havia dito e o Servidor respondeu novamente: ‘Então faça conforme eles pedem, e dê a eles um bispo, missionário ou apóstolo’

Oh “Minas Gerais”! Vocês produziram a sua própria desgraça!. Só Eu poderia "salvá-los"! Onde está o seu bispo ou apóstolo? Por que não pedem ajuda a eles? Onde estão as "autoridades espirituais"? Vocês pediram falsos mestres! Agora, eles que tratem de "salvá-los" dessa neg-atividade existêncial.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Eu profeta?

Eu profeta?
Miguel Garcia


Lembro-me de ter sido violentamente criticado por alguns irmãos recentemente. A razão da crítica? Dizem que me demoro por demais no assunto da graça e amor incondicionais de Deus, sempre que com-part-ilho algo dos sentimentos e de minhas apostas. Lembro da expressão raivosa na face deles - testa franzida resmungando nervosa-mente assentados no sofá lá de casa, cada um segurava um copo cheio de suco de uva na mão que eu mesmo tive o prazer de preparar antes da conversa: "Tá bom, essa sua historinha aí de ficar falando em graça e amor, justiça, fraternidade, igualdade, tolerância, mas e daí, onde isso tudo vai dar afinal de contas?" Fiquei sem ação e sem pa-Lavras naquele momento, apenas observava cada rosto, cada gesto tenso e ameaça-dor.
Sem querer fazer papel de um ávaro de qualidades, do tipo: Eu o virtuoso em meio a pecadores insensíveis e ingratos, contudo, confesso que no instante que ouvi irmãos e irmãs com aquela atitude "contra mim", por conta do conteúdo de minhas singelas, porém sinceras e bem intencionadas reflexões, fiquei tentado a encarnar o sentimento, a emoção e as próprias palavras que o profeta Ezequiel usou em relação aos seus compatriotas e oferecer-lhes em resposta:

“Eles vêm a ti, como o povo costuma vir, e se assentam diante de ti como meu povo, e ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obra; pois, com a boca, professam muito amor, mas o coração só ambiciona lucro. Eis que tu és para eles como quem canta canções de amor, que tem voz suave e tange bem; porque ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obra. Mas, quando vier isto e aí vem, então, saberão que houve no meio deles um profeta”. Ez 33:31-33

Auto-engano intra-psíquico de nós todos? "Certa"-mente!
Ave-Marias! Minha mulher seja ben-dita e louvada para sempre!