sábado, 22 de março de 2008

Lavras pra além do cartão postal e das trivialidades confortadoras

Lavras pra além do cartão postal e das trivialidades confortadoras
Miguel Garcia


Lavras do incômodo, do mal estar social, do existo logo desfruto, Lavras do desamparo, do desespero.

Lavras sem gravidade, sem referências, “sem” Deus... Lavras dos falsos profetas, falsos mestres e pastores, Lavras dos lobos devoradores, Lavras do realista verdadeiro, do pessimista e do desencantado.

Lavras dos perdidos no labirinto do progresso mecânico, dos iludidos que sonham alcançar o Ilimitado pela inteligência e não pela fé pura, por diretrizes ditadas pela “igreja” e não pela Graça, pela razão e não pela relação com Deus. Lavras dos “TEMPLOS” refúgios para os tímidos e complacentes, Lavras de uma fé não militante, Lavras dos falsos adoradores e verdadeiros aduladores – da placidez e posições influentes na cidade ao invés de salvação pelo sofrimento.

Lavras que dilui os ensinamentos de Jesus, degradando Sua mensagem. Lavras de “cristãos” que não crêem no Cristo histórico, tampouco em si mesmos.

Lavras refém das companhias exploradoras e dos monopólios: REX (Supermercados), CEMIG (Companhia energética), COPASA (Companhia de saneamento de Minas), Cartel dos Postos de Combustível, Transporte Coletivo, Mercado imobiliário, Educação Privada e Saúde.
Lavras do monopólio religioso organizado, que trata de administrar o que pertence ao domínio privado da alma individual: a religião. Lavras do Clero opressor, das Missas católicas e evangélicas, do povo caução/espectador... Lavras do retorno ao cajado, do fascismo voluntário, do chefe, do patrão do Fuller - autoridade que “alivie a angústia coletiva”...

Lavras das malditas “quebras de maldições”, conferências sobre “batalha espiritual” e pseudos intercâmbios entre igrejas que no fundo visam acoplar as estruturas mais frágeis e débeis. Lavras do Deus eternamente endividado. Lavras dos poucos ricos, bonitos, mandantes, Lavras Senhorial... da menina-moça e do garanhão privilegiados...

Lavras da família patriarcal que relutantemente se vê obrigada a aceitar a negralhada em ambientes, cargos e posições mais “elevadas”, contanto que sejam os de feições mais doces e mais finas, de estampa mais agradável e que nada se altere quanto aos conservadores salários de fome e carga horária abusiva.

Lavras da Maçonaria, que pra além do discurso hipócrita é uma filosofia que cultiva injustiça social, classicismo, desumanidade e que opera com princípios de trabalho escravo, fundamentalismo, desigualdade e exclusão, um câncer que já se alastrou por todo o corpo do tecido social, político e religioso sem encontrar a menor resistência. Lavras que assim como a maioria das prefeituras do resto do país, também está de joelhos ante a Maçonaria, confira essa história infame na matéria extraída do jornal Tribuna de Lavras de 01/03/2008:


“Representantes da Loja Maçônica 20 de Julho, de Lavras, estiveram reunidos nesta terça-feira, dia 26, com a prefeita Jussara Menicucci de Oliveira, para receberem a doação de um terreno para a construção do templo da instituição. A área de 1000 metros quadrados fica localizada na Rua Geraldo Bertolucci, no bairro Monte Líbano.A reunião de entrega contou com a participação do presidente da Câmara Municipal de lavras, vereador Evandro Castanheira Lacerda (Chapisco), e do venerável da Loja Maçônica Deus e Caridade 7ª de Lavras, Dr. Erley Ribeiro de Carvalho. Aldair Ferreira (venerável), Luiz Henrique de Almeida, Luiz Gonzaga, major Diovany, Natalino Pereira Dias e Antonio Moura, representantes da Loja Maçônica 20 de Julho, também participaram do ato”.

Quando um incorfomado amigo nosso, cujo nome prefiro não citar, questionou sobre a possível ilegalidade das “do-ações-de-misericórdia” efetuadas pela Prefeita Jussara Menicucci de Oliveira e seus subordinados, recebeu como resposta as seguintes notas:

“Por incrível que pareça, em Lavras não há Lei que trate dos critérios para doações de imóveis pelo Município. Já questionei certa vez a uma pessoa da Assessoria jurídica da Prefeitura porque um projeto de lei chega apenas com a justificativa do Chefe do Executivo, um laudo de avaliação do imóvel, cnpj do beneficiário e é posto para a apreciação da Câmara. Sempre vejo doações para empresas que não têm ao menos um ano de funcionamento ou até mesmo que ainda não se estabeleceram. Tanto na esfera Estadual como na Federal há legislação específica e critérios rigorosos para a doação, mas aqui o que encontramos é apenas o que está disposto no Regimento Interno da Câmara e na Lei Orgânica, sobre a tramitação de projetos”.

Sem pa-Lavras...

Ao que tudo indica, parece que a maçonaria está conseguindo extrair o melhor proveito dos pastos e rebanhos humanos lavrenses, assistimos a esse vexame enquanto uma burocracia intencional do sistema da barbárie instaurada aqui, nega aos sem teto o direito a moradia, dificultando-lhes a inscrição para compra da “casa própria” (Barraco minúsculo de alvenaria, avaliado em R$25.000 reais), só para ter com o que barganhar votos na próxima eleição, ou simplesmente para superfaturar e revender as tais “moradias populares” posteriormente.

Essa situação é insuportável! Lavra inchada, inchando cada vez mais, Lavras gananciosa, faminta, insaciável.

Lavras dos moradores flutuantes (estudantes universitários) que desejam gozar a qualquer preço, dia e noite, em noites infindas... Lavras desses vampiros sugadores da energia vital daqueles que possuem uma natureza mais profunda - os amantes do silêncio, os de natureza contemplativa e calma. Lavras que dilacera o tecido do respeito e polui os lugares espaciais. Lavras ruidosa... Por que será que faz assim?...

Lavras quietamente pervertida, Lavras de olhares e gestos que falseiam. Lavras sádica e masoquisticamente tranqüila... Lavras escultural e frígida... Se as paredes das velhas construções falassem, Lavras coraria as faces de uma vergonha da cor do urucum...
Lavras bem temperada, gordurenta, salgadinha ou meladinha no Bar do Roberto, nas padarias, docerias, nos lanches, no Tropeiro, Churrascarias... Lavras do Pingo da Coopesal... Pingo/Feiticeiro no corte das carnes, massa de kibe e coisas da culinária.

Lavras da Rosa... nossa querida Rosa... Lavras do Recanto da Goiaba a caminho de Ijaci... Lavras deliciosa pra quem puder pagar... Lavras casinha do REX (Rede de Super-Mercados) - Cão Raivoso e infernal à solta na cidade, espalhando "raiva" e estômagos vazios.

Lavras do turismo sexu-ALL? De certo que não para qualquer um! Lavras dos poucos Hotéis, Motéis, Lavras dos travestis, das prostitutas, Lavras dos freqüentadores de mulheres, crianças e sub-humanos... Lavras da não cultura, não biblioteca pública ideal, não teatro, cinema, não saber, não pensar, não transcender, não ser humano.

Lavras roubada à luz do dia e das noites pela CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais)! Lavras da exploração tarifária – Lavras refém de abutres-oportunistas. Lavras Play Ground da CEMIG, empresa sem compromisso social, ao contrário disso, atua de modo a favorecer seus investidores internacionais e só. Duvida? Então leia um artigo escrito por um Frei de Belo Horizonte que vem atuando em todo o sul de Minas como um verdadeiro porta voz dos pensamentos e sentimentos divinos, como um defensor dos pobres, oprimidos, desvalidos em todos os sentidos, o Frei Gilvander:

“Uma pesquisa realizada nas contas da CEMIG verificou que enquanto as famílias pagam até R$600,00 o mega watt (1000 Kw) de energia, as empresas pagam menos de R$ 126,00 (ou seja, as famílias pagam seis vezes mais que as empresas); enquanto o ICMs pago pelas famílias em MG é de 30% (o mais caro do Brasil), o das empresas consumidoras é de 18%; Além do ICMs as famílias pagam também PASEP, COFINS e taxa de iluminação pública, o que resulta em 42,5% de imposto sobre o preço da energia. Enquanto as famílias consomem apenas 16,9% da energia vendida pela CEMIG em MG, as empresas consomem até 58%; enquanto o total pago pelas famílias chega a 36%, o total pago pelas empresas somam à receita da CEMIG 32,87%; enquanto a inflação de 1997 a 2005 foi de 82,08%, a tarifa de energia subiu 246,61%”.

Lavras do funesto PA (“Pronto Atendimento”, “Pronto Socorro Público”), Lavras da vergonha, do abandono absoluto, do desumano em sua face mais cruel e demoníaca. PA´s das filas de espera torturantes, dos funcionários conformados, dos bancos de concreto frios e duros como o coração das autoridades públicas Lavrenses. Lavras da medicina que se põe a serviço do funcionamento social dos pacientes, estes, coisificados.

PA´s de corredores cemitéricos/catacúmbicos, becos de SPAWNS, apropriados para os assim considerados: (seres do inferno). Lavras dos raros e mau preparados médicos - “doutores” maquinais que se revezam no truque sem graça de aparecer e desaparecer o tempo todo, sem dar a mínima para ninguém... Nestes lugares falta de tudo: instalações dignas, equipamentos adequados e disponíveis, funcionários bem treinados, médicos sensíveis e competentes, humanidade e vergonha.

O descaso com a saúde pública é tão grande que obriga o mais comum dos mortais lavrenses a viver o papel de Prometeu acorrentado ao rochedo de sua mísera condição econômica e a fazer de si mesmo um símbolo da resistência magnânima ao sofrimento imerecido, e da força de vontade que resiste à opressão, enquanto uns poucos deuses os punem por pecados que não cometeram, enviando abutres que devoram o fígado da esperança todos os dias, “órgão vital” que só se regenera porque o Deus Conosco irrompe e pervade toda essa estrutura caótica trazendo alento, apoio e sustent-ação.

Lavras massa, Lavras da não família, da antifamília, Lavras da mãe pobre, parideira, Lavras Casa Grande e Senzala, Lavras do negro massa, negro multidão. Lavras da fala gorda, descansada, amaciada, de sílabas moles e duras.

Lavras das mucamas quase alforriadas, das negras de ganho, Lavras do negro de eito, dos moleques de pancadas do nonhô e nhanhãs brancas pós-modernos. Lavras dos feitores, capatazes e capitães do mato – polícia de Lavras...

Lavras dos moleques de brinquedo, das negras Mucamas/mesa/e/banho, das amas de peito...Lavras das beldades serviçais... Lavras das taras... Lavras dos estupros do corpo e da alma... Lavras do banzo que ainda dá cabo de muitos.

A saudade outrora da Mãe - África, agora diz respeito a um lugar fora do espaço e do tempo... uma cena imóvel e suspensa na memória, um vazio, nostalgia do Éden perdido... No passado houve os que se suicidaram comendo terra, enforcando-se, envenenando-se com ervas e potages dos mandingueiros, houve os que de tão banzeiros ficaram lesos, idiotas. Não morreram, mas ficaram penando. E sem achar gosto na vida normal - entregaram-se a excessos, abusando da aguardente, da maconha, masturbando-se... E como o passado nunca está morto, como ele nem mesmo é passado e como a história está aí ao nosso redor, sabemos de novos banzos, idiotices, suicídios, ervas e até mandingueiros.Um banzeiro de hoje pode até ser feliz por ser católico, evangélico, maçom, espírita, agnóstico, ou simplesmente um dos tantos alcoolistas que penam pelos morros daqui feito fantasmas torturados. Outros vão direto à maconha, crack, e pronto!...

Lavras dos negros, brancos, dos brancos negros e dos negros morenos. Lavras do sangue bom, da “gente humilde...que vontade de chorar”, dos suicidas, lesos, zumbis, narcotizados. E se é verdade que drogar-se é experimentar um tipo de morte, um tipo de mumificação para escapar de alguma realidade indesejável, os novos banzeiros daqui estão no caminho certo.

Lavras da competição predatória, dos comandos autoritários, da obediência irrestrita.
Lavras dos sujeitados, obedientes a determinações vindas de fora... Lavras de subjetividade industrial, fabricada, moldada pelo capitalismo neoliberal. Lavras que mantém seu mercado do poder. Lavras que transforma artificialmente em sujeitado um sujeito natural. Lavras do condicionamento de massa. Lavras do Darwinismo soci-ALL e eclesi-All. Aqui se devora tudo e todos... aqui, dentro ou fora da “igreja” a proposta teórica põe ênfase nas dimensões: espécie, aptidão e seleção natural. Lavras da violência por tudo e por nada. Salve-se quem puder!

Aqui é na base do fundamentalismo radical e a transcendência se presta a justificar a exclusão social e outros fenômenos, como a escravidão e a dependência político-econômica. O lavrense dá tudo de si, dá a própria vida para manter-se vivo – preservar sua espécie, mas a recíproca nem sempre é verdadeira. De acordo com a “seleção natural” daqui, sobrevivem os mais “aptos”, os que não o fazem em nada contribuem para a história da espécie, a competição leva à evolução e isso vale também para os seres humanos, em suma, o indivíduo deve deixar que os fenômenos “naturais” se desenrolem, permanecendo passivo - tudo pelo bem comum.

Lavras tolerante com uma gama muito variada de estimulantes e substâncias que alteram o comportamento em tentativa desesperada de lidar com sentimentos de frustração, tristeza, raiva e solidão.

Lavras que não quer ser ela mesma e por conta disso busca formas inventivas e ao mesmo tempo trágicas para fugir de sua realidade. É mais fácil fazer uso de algum tipo de substância modificadora de comportamento em vez de colocar a vida em ordem de modo a sentir-se naturalmente calmo, energizado, relaxado ou desperto.

No afã de se pegar o caminho oposto, vale até uma dose do já famoso “ópio do povo” – reteté, louvorzão, mensagens de auto-ajuda, cruzadas “evangelísticas.

Lavras pensa que milagre é água...
Milagre não é água não!
Milagre “só de vez em quando”...
Água vem da COPASA e é super-faturada!

Lavras dos estímulos poderosos, da frustração e depressão. Lavras dos atores, dos palhaços karamazóvicos, dos modificados, Lavras do circo a céu aberto e da tenda azul...

Lavras das “possessões”, não consegue pensar com lucidez. Lavras do vizinho barulhento, do excesso auditivo...

Lavras insatisfeita, espera encontrar felicidade no fundo de uma garrafa ou latinha de cerveja. Sem que tenha de esperar muito tempo, encontra a náusea que a obriga a vomitar toda a lembrança de divertimento e relaxamento. Será que Lavras faz isso de propósito? Será que as pessoas se entregam às drogas e ao vício para se punirem porque se recusam a aceitar o perdão e o amor curativo de Deus? Estariam relutantes em entregar a vida nas mãos do Outro?

Lavras entrevada no leito da tradição ou petrificada por tédio e medo debruçada em alguma janela... Lavras que abraça o seu desespero para quem sabe poder usá-lo como um álibi ou prova, num futuro não tão distante...

Lavras que des-confia e que depois, continua e desdenha de vez, esquece. Lavras que diz o que você quer ouvir. Lavras que não recebe dignamente pelo trabalho de suas mãos, Lavras dos es-cravos e dos cravos nas mãos, nos pés, nos olhos, na mente e na alma, Lavras dos cristos.

Lavras “universitária” – o prazer bem à frente do saber.
Lavras que obriga a legislação a correr atrás das mais recentes maneiras de gozar. Lavras da acumulação do saber e da falta de sabedoria. Lavras... Lavras... Cemitério de quilombos imemori-ais... Quantos ais ainda ecoam por aqui!Cidade do Apartheid, de vidas separadas... Laboratório do Império, reduto de espiões e ladrões de patentes.Lavras das meninas e moleques de brinquedo dos nossos dias, Lavras das camas, redes, bancos de automóveis e de caminhões rangendo indignados pó sentirem o pesar dos estupros constantes.

Lavras dos puteiros, travestis, Lavras dos matinhos, dos banheiros dos postos de estrada, do CARNA-LAVRAS, das parideiras de novembro...Lavras dos celulares hipnóticos, dos prazeres orificiais fabricados artificialmente, Lavras das novidades, dos brinquedinhos orgásmicos... Lavras dos automóveis equipados com som pesado...

Lavras da inveja, inveja que é motor de Lavras... inveja que trabalha muito, trabalha sem descanso, descanso é para os que não são invejosos... Lavras dos olhos doentes... Lavras da admiração sem esperança. Lavras que também faria Jesus chorar. Lavras, Lavras, quantas vezes... Lavras dos Reis do gado, curral de eleitores complacentes e dóceis feito vacas hindus.... “Eh oh oh vida de gado povo marcado eh povo infeliz ....”

Lavras que tem de se virar sozinha: quem quiser que plante uma farmácia no quintal de sua casa (se tiver casa e quintal), que construa um fogão à lenha, que banhe-se com a água aquecida pelo mesmo fogão... Lavras da irmã Aparecida, santa mulher corajosa, inventiva, batalhadora e sobre-vivente! Lavras pobre coitada...

Lavras rica, abastada e indiferente... Lavras degradada e apática... Lavras das manias, da herança escravocrata e senhorial, Lavras do mandonismo, do Sinhozinho maconheiro e motorizado, Lavras das hordas da barbárie, da falta de compromisso, do desamor à flor da pele, Lavras dos cantões, dos casarões fantasmagóricos, do antiquado, do chicote dependurado no batente da porta, do sinal... do alerta, do castigo...

Lavras dos presídios hiperlotados, Lavras das Pandoras, Prometeus, Icaros, Dédalos, Lavras de todos os deuses de pele escura e castigada pelo Sol. Lavras das faculdades sem Lavrenses, Lavras da falência na educação pública – sem pa-Lavras pra d-escrever o tamanho do caos no ensino público e privado por aqui...

Lavras de bárbaros doutores, das fornadas de diplomas...Lavras sem lei, sem justiça, Lavras crackeada, das quadrilhas de políticos, religiosos, maçons, policiais e as outras, Lavras do medo... Lavras da ambição coronelista que pune desafetos nos troncos e chicotes pós-modernos, Lavras dos “donos da terra”, da riqueza e dos meios de produção...

Lavras opressora... Lavras que mata os poetas-profetas... Lavras do PHARMAKON, da poção mágica, das liberdades ameaçadoras, dos seres mutantes, ninho de X-mans, Lavras dos homens fabricados, Lavras do céu de chumbo, Lavras vazia, filha de uma “tradição acadêmica” que vem expulsando Deus desde o mundo antigo...

Lavras gadarena: seus porcos, vão muito bem obrigado! Lavras do ideal de ideólogos mil, Lavras do sonho trampolim... Lavras ponte pra o Paraíso... Ante-sala de um Oásis - Edens das Terras da realidade (“Alguma coisa acontece no meu coração”...), Lavras rota de fuga de um mundo de sombras simbólicas... Lavras o caminho, o sacrifício, Lavras a punição...
Lavras, Lavras, “Se me cantas tu me Lavras”, alardeou um bem humorado e desesperado “homem de Deus"...

Ouvi certa feita de um clérigo ideólogo das coisas missionárias, bravateando sobre suas supostas e mais recentes manobras políticas, o seguinte:

“Se Jesus não operar, dou um jeito e faço eu mesmo”!
Fala de um herói decadente? Brado messiânico equivocado?

Lavras da Tenda-Azul, da igreja do Alemão... icabode! Foi-se a glória de um deus, e agora?

Nada mais da contemplação num relance, dos reinos da terra, nada de “favores voluntários”, do-ações generosas e const-antes..., nem tampouco aqueles fáceis acoplamentos estruturais, nada mais de Darwinismos eclesiais... Icabode!

E agora? Quem sabe a SUPER Fátima venha nos restituir a glória, mudando como “deusa” o curso da história, por causa das pessoas daqui... Como proteger a aliança, se eu deixo fora dela coisas que penso serem minhas?

Como permanecer igreja e criança,
Com fendas na armadura do tamanho de injustiças?
Como cruzar espadas com demônios
Se agasalho atitudes e projetos tão errôneos?
Icabode – Miguel Garcia

Ai, ai, ai, ai...

Lavras que não cabe nas pa-Lavras, Lavras da fé contra a esperança...Lavras pra além do cartão postal e das trivialidades confortadoras.

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