sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Guardar

Guardar
Antonio Cícero

Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em cofre não se guarda coisa alguma.
Em cofre perde-se a coisa à vista.
Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.
Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por ela,
isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,
isto é, estar por ela ou ser por ela.
Por isso melhor se guarda um vôo de um pássaro
do que um pássaro sem vôos.
Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,
por isso se declara e declama um poema:
para guardá-lo: para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
guarde o que quer que guarda um poema:
por isso o lance do poema:
por guardar-se o que se quer guardar”

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Vate Catar!

Vate Catar!
Miguel Garcia

É inevitável! Sou um protestante nato, um ser de protest-ação – de ação e protesto. Recuso-me a aceitar a realidade na qual estou mergulhado porque “sou mais e maior do que tudo que me cerca”.

Desbordo todos os esquemas, nada me encaixa, não há sistema, ideologia, não há repressão eclesiástica por mais dog-má-tica, que consiga enquadrar-me. Sempre sobra alguma coisa. Não há mentoria alguma, sistema social, por mais fechado que seja, que não tenha brechas por onde eu possa entrar ou sair quando bem quiser, fazendo explodir a realidade de que sou livre, muito embora arraigado – finito - limitado, transcendo tudo.

Poetiso, ouço vozes, vejo coisas. Sou assim, um vidente apaixonado, alucinado, um ouvinte encantado, tal qual a Selma do filme Dançando no Escuro (Lars Von Trier).


Enquanto para a turba matizada não existe ou a-con-tece coisa alguma, para mim é diferente: “vejo”, ouço, crio ordem e, se ordem não houver, digo à balbúria haja e pronto, tudo se faz "bom", "belo", "sonoro", "espetaculoso" - um music-ALL “verdadeiro” a cada instante - um milagre transbordante.
É assim quando danço na escuridão, quando canto em meio às trevas de "tudo", de "todos", quando produzo o esplendor - “macho e fêmea, bicho e flor”, quando da lama invento o amor, quando “lanço em movimento terra e céu” - “estrelas percorrendo o firmamento em carrossel”, quando crio vales onde jorram leite e mel, profetizando a vida, anunciando aquilo para que o ser humano foi essencialmente criado, denunciando os esquemas que atentam contra o seu destino: o burlesco é pecado! Vate Catar!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Cá estou: haja eu mesmo!

Cá estou: haja eu mesmo!
Miguel Garcia

Cá estou saindo de mim pra ficar em casa, vendo-me em olhos outros, provando a mim mesmo em sabores alheios, chegando ao partir, trans-figurado na musa.

Cá estou coagido e em busca constante de novas formas de ordenar: haja eu mesmo!

Cá estou enamorado, am-ando, perdido de mim, esquecido-do-tempo-Garcia, transpassado de eternidade cristalina, fremente, delirante, fundido no objeto desejado(a), dispensando retóricas interpretativas – “pro inferno fora daqui (fora de mim), lá, lá, lá...”

Cá estou após o salto, unido ao vate inconcebível, cá estou!

Cá estou entre os amigos – interlocutores de pensamento, gente humana, inteira.
Cá estou maravilhado com o dialeto caipira - mescla de tupi, nhengatu (de origem indígena) e português arcaico.

Cá estou em meio a uma gente que de tão integrada à natureza, desde a muito vem sendo confundida com recursos naturais, e, por conta dessa conveniente má interpretação por parte dos poderosos - donos de quase tudo - terras e meios de produção, são explorados, oprimidos e violentados (os povos daqui) e como se apenas isso não bastasse, vêem-se manipulados, iludidos e neurotizados por uma religião que quer monopolizar a transcêndencia e mediar o acesso à graça e ao amor divino (“católicos”, “”protestantes”” e outros oportunistas).

Cá estou em meio à gente humilde, “que vontade de ch-orar”.

Cá estou mergulhado em cultura popu-lar - cultura massacrada do salário mínimo, da tentativa de destruição do horizonte utópico, da frustração de que no fundo nada vai mu-dar.

Cá estou em meio aos que não cabem, aos zeros econômicos, não produtores, portanto não consumidores, aos que não contam na economia nacional, cá estou em meio aos meus iguais, essa gente fértil de palavras seminais engravidantes de beleza. Dizem coisas sabias e verdadeiras, não como os mestres e os chefes dizem (mandando, impondo) - com intenção de escravizar, a gente daqui conversa como que despertando o professor e o herói escondidos dentro da gente, rompendo o circulo fechado de nossas limitações e preconceitos, trazendo à luz sentimentos e idéias nunca antes ilu-mi-nadas-perceb-idas.

Cá estou com a mente distante da metafísica igrejeira, da metafísica da modernidade, da metafísica das universidades - masturba-dores e masturbações ment-ais, no chão da vida, em grau zero, colado a realidade mais fundamental da existência, aqui-mentando minha reflexão, fazendo amor com gente que é o que é, que tem sustança no ser.


Cá estou com o pensamento nas estrelas, rompendo tudo, senhor de minhas luzes e trevas, difícil acreditar? Cá estou: haja eu mesmo!

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Alan e caos de mim

Não reconheço mais minhas partes em separado, sendo assim, não sei como estou indo.
A música do Alan deixa a impressão de descolamento, transcendência, metafísica...
Ao que tudo o indica ele ultrapassou o limear, como se de repente uma árvore saísse caminhando em direção ao infinito e chegasse lá...
Diante do que ele alcançou, o melhor na "musica" dos demais guitarristas atingiria no máximo uma psêudo-transcendência.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

É-di-po rei no chinelo!

É-di-po rei no chinelo!
Miguel Garcia


Chego as raias da loucura em meio a tantas contradições, no orbe do amor e hostilidade, muito comuns em minha história de vida, uma vez que sou casado com uma pastora, e o mundo infantil - a terra do nunca onde habitam seres religiosos tende a resumir pessoas que se ocupam dessa função a figuras parentais ou a representantes destas, caracterizando, segundo o que imaginei, um perfeito quadro de complexo de Édipo: “amor” à mãe (pastora), ódio ao “pai” seu marido, este último, não raras vezes, percebido como o grande vilão interditor do gozo infante no iludido imaginário eclesiástico, daí as exigências de proteção e amor total por parte dos “par-entes”- carentes, patologia que seria ainda mais reforçada pela noção de que “recém nascidos" têm direito a cuidados intensivos, talvez até a exclusividade, por conta de sua “frágil condição”. Sendo esse o caso, essa proteção-exigente seria ainda mais facilmente relacionada e de maneira mais significativa, à figura materna (um pastor-mulher).

Chega o tempo em que a criançada da religião começa a entrar em contato com algumas situações em que sofrem interdições. Estas interdições são facilmente exemplificadas pelas “proibições” que inevitavelmente começam a acontecer a certa altura do caldeamento das relações. Basicamente a criança, segundo o que possa imaginar, já não pode mais fazer certas coisas porque já está “grandinha”, não pode mais passar a noite inteira no colo ou berço pastoral, berrar suas exigências, é incentivada a portar-se de forma correta e controlar seus impulsos, além de outras cobranças.

Neste momento, os “meninos e meninas” da coisa religiosa começam a perceber que não são o centro do universo e precisam renunciar ao mundo organizado em que se encontram e também à ilusão de proteção e amor total, diferenciarem-se em relação a “seus pais”, perceberem que os “pais” pertencem a uma realidade cultural e que não podem se dedicar somente a elas, porque possuem outros compromissos e suas próprias vidas. É aí que a figura do “pai” representa a inserção da “criança” na cultura. “Pertencente à mãe”, passa a ser alvo de sentimentos hostis e contraditórios por parte da creche que supostamente também ama essa figura que hostiliza (é preciso ter fé pra acreditar nisso, mas tudo bem).

A coisa toda parece ficar ainda mais complicada porque segundo o que entendi da teoria do Complexo de Édipo, a diferenciação do sujeito é permeada pela identificação da “criança” com um dos pais imaginários - a madre pastora e seu pobre mártir-marido. Aqui no Sur de Mins algumas pessoas falam em família pastoral, casal de pastores, sempre que ouço tais sentenças fico todo arrepiado.

Voltando ao desa-bafo-de-onço, quando acontece o que na psicologia se chama de identificação positiva, o “menino” identifica-se com o pai, o que já seria loucura para uma “criança” da religião, sobretudo se os pais atuam com papeis trocados, e a menina com a mãe (no caso das “meninas” essa coisa complica e muito). O “menino” tem o desejo de ser forte como o “pai”, (isso se o “pai” já não for um tipo de “fraco inútil”-artista), como é meu caso, e, ao mesmo tempo, tem “ódio”, por ciúme da mãe (Aí de mim, que estou perdido!). A menina pode ficar hostil à “mãe” porque ela possui o “pai” e ao mesmo tempo quer se parecer com ela para competir e tem medo de perder o amor da “mãe”, que foi sempre tão acolhedora. Na identificação negativa, o medo de perder o hostilizado faz com que a identificação aconteça com a figura de sexo oposto e isto pode gerar comportamentos homossexuais orgânicos e ou psíquicos (Virgem Maria!). Nesta fase, segundo o que pude compreender, a repressão ao ódio e à vontade de permanecer em “berço esplêndido” é muito forte e o sujeito religioso desenvolve mecanismos mais racionais para sua inserção cultural: sai do reinado dos impulsos, dos instintos e passa para um plano mais racional (amadurece). A pessoa que não consegue fazer a passagem da ilusão de superproteção para a cultura (inferno das rel-ações humanas), psicotiza. A essa altura o “pai” já morreu ou ficou louco de pedra como eu. A madre pastora, coitadinha, toma remédio todo santo dia pra continuar enganando a morte - não entendo bem o porquê.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Em cada sofre-dor um Cristo!

Reparem os crucificados, quantos!... Seus gemidos de dor, a grotesca aparência... no poder que eles tem de sal-var! (Miguel Garcia)

Ser cristão

Tempos houve em que ser cristão significava ser alguém portador de grande coragem.
Alguém que ousava desafiar a autoridade, o poder, a sociedade. Alguém que se importava muito mais em defender os seus princípios, do que a sua própria vida.
Alguém para quem amar o Cristo significava ir às últimas conseqüências, doando a vida, sacrificando posição social, os próprios seres amados, se necessário.
Tempo houve em que ser cristão era sinônimo de ser invencível na fé.
Se a perseguição se fazia devastadora, cristãos enchiam calabouços e anfiteatros, servindo de pasto às feras.
Serenos entregavam-se ao martírio, com a certeza de que como lenho atirado ao fogo, seus exemplos alimentavam a chama do idealismo que iluminaria a Humanidade.
A sua fé desafiava o poder vigente que não entendia como podia se enfrentar a morte, entre cânticos de louvor.
Buscavam as catacumbas para ali, onde muitos celebravam a morte, celebrarem a vida abundante, falando da imortalidade.
Para iluminar os caminhos escuros, na noite avançada, usavam tochas. E não temiam as estradas desertas para chegar ao local do encontro.
Nada lhes impedia a manifestação religiosa, na intimidade do coração ou na praça pública.
O amor era a sua identificação maior. Quando os pais eram trucidados nos circos, os filhos eram adotados pelas demais famílias cristãs.
Se um companheiro era conduzido ao sacrifício, não faltava quem lhe sussurrasse aos ouvidos ou lhe enviasse uma mensagem:
Morre em paz. Eu também sou cristão. Tua família encontrará um lar em minha casa.

Repartiam o pão, o teto, o cobertor. Respirava-se o Evangelho.
Séculos depois, muitos dos que nos dizemos cristãos mostramos fraqueza nas atitudes e sentimentos mornos.
Esquecemo-nos das recomendações de Jesus ao dizer que nosso falar deve ser sim, sim, não, não. Esquecemo-nos de que o Mestre nos afirmou que seus discípulos seriam conhecidos por muito se amarem.
Não nos lembramos das exortações de que o Pai trabalha incessantemente, e nos entregamos ao comodismo dos dias.
Por tudo isso, quando o Natal se aproxima outra vez, é um momento especial para uma rogativa Àquele que é O Caminho, A Verdade e A Vida.

* * *

Jesus!

Os que Te desejamos servir, Te rogamos alento para nossas lutas, coragem para nossos atos.
Robustece-nos a fé, que ainda é tão tímida.
Ampara-nos a vida pela qual tanto tememos.
Aumenta nossa esperança de dias melhores no amanhã.
Infunde-nos vigor para as batalhas contra nossas próprias paixões.
Desejamos estar Contigo e nos sentimos tão distantes.
Vem até nós, Senhor Jesus.
Temos sede de bonança, de paz, de alegrias.
Vem até nós, Amigo Celeste, para que, ouvindo-Te a voz, outra vez, nos possamos decidir por seguir-Te, enfim.
Permite, Jesus, que esse Teu Natal seja o nosso momento de decisão, para que o novo ano nos encontre com disposição renovada.
E então, os nossos dias se multipliquem em trabalho, progresso e paz.
Dias em que, afinal, possamos nos dizer verdadeiros cristãos, Teus irmãos e fiéis seguidores.

Redação do Momento Espírita

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Mãos

Observe as mãos e advinhe nelas tudo o que em cima os lábios sorridentes e os olhares intencionalmente indiferentes querem ocultar. (Stefan Zweig - 24 horas na vida de uma mulher)

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Wá! Woe!

Wá! Woe!
Consagrado ao músico Wagner Barbosa por ocasião de seu aniversário:
Miguel Garcia

Seu bem e-Star me faz feliz. Essa alegria modifica o que estava feito - quem eu era num passado, antes de envolvido no prazer de contemplar seu regozijo!
Saiba que sua amizade trans-parece etern-idade para mim - Infinitude...
Woe amigo, habite as estrelas, rompa os espaços!
Seja autor do uni-verso num sopro que anima:
Haja a música de Wagner! Haja luz sobre as trevas da mediocr-idade! Haja esse dom, esse som, essa sorte, destino, essa saudade.., esfera celeste, esse irmão, esse amigo!

Reverências,

Querubim

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Mineiridade: absurdez no planeta Minas!

Traço de alma e sentimento mineiro em canção popular:
_____________
Amanhã eu vo lá hoje
Amanhã eu vo lá hoje
Amanhã eu vo lá hoje
Eu preciso te ver

Amanhã eu vo lá hoje
Amanhã eu vo lá hoje
To morreno de saudade de você
( autor desconhecido)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Luto

Luto! 
Miguel Garcia

Angustiante ver o modo como é celebrada a "santa ceia" em grande parte das igrejas "evangélicas" que conheço.
Insuportável assistir, impossível participar sem antes morrer de desgosto! Sinto pena da turma que sofre esse mal sem refletir, e o que é pior, agradecidos por serem participantes ou meros expectadores.
Tenho consciência de que nem todo mal é superável, contudo, nunca me canso de "lutar"! Estou de luto agora memo. '
Miguel Garcia

Leitura que até machuca por dentro

DISTÂNCIA SOCIAL
trecho do livro O Povo Brasileiro - Darcy Ribeiro

Com efeito, no Brasil, as classes ricas e as pobres se separam umas das outras por
distâncias sociais e culturais quase tão grandes quanto as que medeiam entre povos
distintos. Ao vigor físico, à longevidade, à beleza dos poucos situados no ápice -
como expressão do usufruto da riqueza social - se contrapõe a fraqueza, a
enfermidade, o envelhecimento precoce, a feiúra da imensa maioria - expressão da
penúria em que vivem. Ao traço refinado, à inteligência - enquanto reflexo da
instrução -, aos costumes patrícios e cosmopolitas dos dominadores, corresponde o
traço rude, o saber vulgar, a ignorância e os hábitos arcaicos dos dominados.

Tempo

Tempo
Miguel Garcia

Foge o tempo sem bagagem, não leva lembranças açucaradas, essas últimas, permanecem abrandando as horas, os dias, semanas, meses, afã da lida, exaltando o desejo ainda presente.

Sobre crenças e intolerância

Sobre crenças e intolerância
fragmentos de um artigo de Leonardo Boff

(...) Verdade — O fundamentalismo não possui apenas um rosto religioso. Todos os sistemas sejam culturais, científicos, políticos, econômicos e artísticos que se apresentam como portadores exclusivos de verdade e de solução única para os problemas devem ser considerados fundamentalistas. Vivemos atualmente sob o império feroz de vários fundamentalismos.

(...) Em nome de que Deus se fala? Não é seguramente em nome do Deus da vida, de Alá, o Grande e Misericordioso, nem em nome do Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, da ternura dos humildes e da opção pelos oprimidos. Falam em nome de ídolos que produzem mortes e vivem de sangue.
É próprio do fundamentalismo responder terror com terror, pois se trata de conferir vitória à única verdade e ao bem e destruir a falsa “verdade” e o mal.


Para ler o artigo completo acesse:
http://atualaula.vilabol.uol.com.br/fundamentalismo.htm

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Man-teigueiro

Man-teigueiro
Miguel Garcia

Manteiga boa se faz com carinho e disciplina. A nata apanha e chora até que tome jeito.
Manteiga boa tem sensibilidade, vai às lágrimas toda manhã com a família reunida à mesa.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

A cozinha

A cozinhaMiguel Garcia

A cozinha escura e o medo claro
A cozinha escura e o claro medo
A cozinha escura e o medo, claro
A cozinha escura e o claro, medo.

A cozinha clara o e medo escuro
A cozinha clara e o escuro medo
A cozinha clara e o medo, claro
A cozinha clara e é escuro, medo.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Fátima Guedes

Mais Uma Boca
Fátima Guedes
Quem de vocês se chama João?
Eu vim avisar, a mulher dele deu a luz
sozinha no barracão.
E bem antes que a dona adormecesse
o cansaço do seu menino
pediu que avisasse a um João
que bebe nesse bar,
me disse que aqui toda noite
é que ele se embriaga.
Quem de vocês se chama esse pai
que faz que não me escuta?
É o pai de mais uma boca,
o pai de mais uma boca.
Vai correndo ver como ela está feia,
vai ver como está cansada
e teve o seu filho sozinha sem chorar, porque
a dor maior o futuro é quem vai dar.
A dor maior o futuro é quem vai dar.
E pode tratar de ir subindo o morro
que se ela não teve socorro
quem sabe a sua presença
devolve a dona uma ponta de esperança.
Reze a Deus pelo bem dessa criança
pra que ela não acabe como os outros
pra que ela não acabe como todos
pra que ela não acabe como os meus

Canção do Mar - Dulce Pontes Trans-parece Eternidade

Canção Do Mar
Dulce Pontes
http://www.youtube.com/watch?v=MSIGWEcR5Dc
Fui bailar no meu batel
Além do mar cruel
E o mar bramindo
Diz que eu fui roubar
A luz sem par
Do teu olhar tão lindo

Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração

Se eu bailar no meu batel
Não vou ao mar cruel
E nem lhe digo aonde eu fui cantar
Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo

Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração

Se eu bailar no meu batel
Não vou ao mar cruel
E nem lhe digo aonde eu fui cantar
Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo



Bendita sois entre as beldades, oh Dulce-Pontes! (Miguel Garcia)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Não fique sem Graça...

Não fique sem Graça por não ter sido criado para a glória de Deus!Por Miguel Garcia
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“Se admitirmos um Deus livre criador, um Deus que é “vida e personalidade infinitas”, que é por isso mesmo, culminação na ordem do ser e do valor, não podemos admitir simultaneamente que crie por “motivos inferiores”: nem por malícia, capricho ou egoísmo, pois isso suporia sua negação como valor supremo, nem por necessidade, pois isso suporia sua negação como plenitude do ser. Um Deus criador somente é concebível, numa elementar legitimidade metafísica, criando por pura generosidade, por amor: pelo bem do criado, enfim.” (Andrés Torres Queiruga – Recuperar a Salvação – Por uma interpretação libertadora da experiência cristã.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Deus patrão

Deus patrão não tem graça nenhuma!
(Miguel Garcia )

For All