terça-feira, 19 de março de 2013

Por que homens maduros se rebelam?

Por que homens maduros se rebelam?

Se o homem é plasmado pelo ambiente de seu lar, no convívio com os seus, como primeiro mundo de ideias que ele deve esgotar para aventurar-se ao mais amplo mundo da sociedade com os estranhos, é ali que deve procurar as origens de sua personalidade.

Enquanto somos crianças, o ambiente em que vivemos e as pessoas com as quais convivemos, fatores estes conjugados às nossas próprias características nervosas, plasmam em nosso espírito todas as leis e despertam nele todos os instintos que deverão reger a pessoa no futuro. A influência do lar, as lições de bem e de mal, que nele se aprendem, assim como a pressão moral que sobre a mente infantil os pais, e os adultos em geral, exercem, determinam o destino da criatura. Do nosso lar saímos confiantes em nossas forças morais e intelectivas, aptos ao combate diário contra as adversidades, preparados pela experiência e escudados no amor dos pais – e tudo nos sorri, porque os próprios espinhos são estímulos; mas podemos deixa-lo, também, tão esgotados já pelo choque das opiniões adversas, tão batido pelas dúvidas e pressionados pela angústia, que tudo nos atemoriza.

Deste modo é que podemos entender que homens maduros continuem a se rebelar contra atitudes recentes em suas vidas, porém que se lhes configuram típicas de outras épocas; assim também com frequência o brado de revolta, de desespero, de impotência, o ato tresloucado do suicídio (multidimensional), a incapacidade de adaptação aos padrões normais, os atentados contra as éticas sociais – são reflexos cristalizados na alma do ser humano que explodem violentamente, expandindo-se fora de tempo, irreprimível e inadiável como a fatalidade. Poucos são os homens que, dotados do poderoso microscópio de autoanálise, e gênio bastante para psicanalisar-se com inteira isenção de preconceitos, descobrem em si estas falhas de educação, esses vácuos abertos e perigosos de sua personalidade. Torrieri Guimarães

Vassum Crisso

Sobre fingimentos eclesiais


Sobre fingimentos eclesiais

"A hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude"
 '
Todo hipócrita finge emular comportamentos corretos, virtuosos, socialmente aceitos'.

O que você pensaria de um grupo de pessoas cultas, brancas, ricas, bonitas e ‘evangélicas’, que resolvesse esmolar a uns poucos negros e famintos, contanto que toda a ação ‘nobre e filantrópica’ fosse filmada, fotografada e exibida nas redes sociais e jornais da cidade?

"Tenham o cuidado de não praticar suas 'obras de justiça' diante dos outros para serem vistos por eles... 2 "Portanto, quando você der esmola, não anuncie isso com trombetas, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, a fim de serem aplaudidos pelos outros”... 3 Mas, quando você der esmola, que a sua mão esquerda não saiba o que está fazendo a direita... 4 (...) de forma que você preste a sua ajuda em segredo. Mt 6:1-4

Com certeza esse comportamento é sintomático.

Com certeza o homem massa já não faz mergulhos em subjetividade. A mensagem de Jesus dançou de vez e já “não faz sentido algum” – “não cabe na economia psíquica – não cabe no mundo de ninguém”.

Vassum Crisso.