sexta-feira, 29 de março de 2019

Contro-verso!


                                     
Contro-verso!

A banana comeu o macaco,
o menino mordeu o cachorro
e o crente elegeu Belzebu. Miguel Garcia

quinta-feira, 28 de março de 2019

Sobre valores de desvalores - forma e conteúdo das coisas e pessoas.

Sobre valores de desvalores - forma e conteúdo das coisas e pessoas.
Deus Mané ninguém quer! A turba exige um ídolo onipotente e distante, enquanto que Emanuel quer dizer: o Deus de Jesus apoiando e sustentando intimamente a totalidade da existência humanal, como seus medos, angústias, bem-aventuranças e sofrimentos. Miguel Garcia
Temos imensa dificuldade de lidar com quem somos, de onde viemos e o que estamos fazendo aqui (terror de morte), daí, tendemos a nos alienar/separar das realidades do mundo natural. Nesse processo/fuga, nos esquecemos de nossa essência/subjeti-vida-de/do Ser. Essa alienação faz com que nos percamos nas coisas (ou utensílios/objetos). Essa condição nos leva a valorizar em excesso os objetos (o ter) e, a desvalorizar a nós mesmos e, por extensão, a negar a humanidade de nossos semelhantes. Em outros termos, passamos a nos ver como bens de comércio. Nessa mesma linha, até a necessidade de transcendência é desvirtuada. 
Falamos na busca de valores espirituais que possam orientar e justificar a existência humana, contudo, vivemos em sociedades em que as pessoas são vistas como coisas (meios de produção), mesmo em confrarias e comunidades "religiosas". Ao nos comportarmos assim, negamos a transcendentalidade de nossos semelhantes e, dissolvemos os fundamentos do humano e da verdadeira espiritualidade, consequentemente. Negamos a legitimidade e transcendentalidade alheia e, somos negados sucessivamente, numa espiral infinita. 
Mas o que será que está por trás da nossa voraz tendência a negação dos outros como legítimos eles mesmos em transcendentalidade e convivência?
É que quanto mais ausente um objeto de desejo, mais o "amamos" - mais sentimos a falta dele - maior a sensação de vida pulsando: amamos a ausência de tudo e, não a posse, propriamente dita. A respeito disso disse acertadamente o Emílio Romero que: não é fácil gostar de seres de carne e ossos, simples mortais, limitados, contraditórios, oscilantes, como todos nós. É mais fácil admirar ídolos distantes, talvez protetores por sua "majestade inalcançável"... 
É por conta de nossas miopias e patologias que tantos e tantos gurus estão fazendo sucesso. Vassum Crisso - Miguel Garcia