terça-feira, 30 de setembro de 2008

Oh! Minas Gerais

Oh! Minas Gerais
Miguel Garcia


Em linhas gerais compreendi que Minas é mãe desnaturada. Percebi que a conservação de seu patrimônio "público" constitue prioridade máxima, em detrimento das vidas adoecidas, existências devastadas, poluídas, abusadas ou simplesmente negadas - sucateamento da saúde e educação públicas.

Conforme ouvi recentemente em uma vinheta: Minas começa com igreja. Eis uma verdade -começa com igreja, centra-se na desigualdade, termina no desumano.

Minas que em termos Gerais, explora mineiros!

Minas um imenso jardim ca-ótico, ao mesmo tempo lindo e "mar"-av-ilhoso!
Oh! Minas Gerais!!!
PS: Patrimônio rima com Demônio.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Percepções Lunares

Percepções Lunares
Miguel Garcia

A Lua no vão dos galhos,
na brecha, nos intervalos

dos ramos serpenteantes
Pendurada feito um fruto.
A Lua madura e doce,
solitária dourada e vã.
Em fase minguante - calma,
em face visível - clara.
Maré repleta de Lua,
banhos Lunares no olhar,
Beijo de amor sob a Lua.
A Lua nos vão dos galhos,
lua, a lua, a Lua...
Indic-ação do mestre Ricardo Gondim

A CABANA - William P. Young

Sem pa-Lavras pra descrever o prazer de ler isso!

Deus é mais!!!...


Deus é mais!!!...
Miguel Garcia

Pense no melhor que você pode ser projetando isso ao enésimo grau.
Agora multiplique por toda a bondade que você for capaz de perceber.
O resultado não será Deus.
O Sagrado é totalmente diferente de nós, muito acima e além de tudo o que possamos perguntar ou pensar...

Deus é mais!!!...

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Consagrado a Edu Martins
Bravo! Parceiro.
Reverências!

Reparei a festa nos teus solos.
Reparei teu semblante iluminado na fotografia.
Reparei teu viço...
no convite de amor que a música entrega.
Reparei nos tons de carne e sangue - humanidade latente.
Reparei que Deus irrompe de amizades.
Reparei em mim e estava feliz por tua felicidade.

Só me resta um querer -
um poder im-potente:
lançar de mim tuas venturas,
aumentando minha satisfação
na medida em que con-partilho esse momento contigo.

Miguel Garcia

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Paulo e Miguel, Cruz e Garcia

Esse contin-ente
é o gene de tudo,
é o berço do mundo;
é palco sangrento,
é riso e lamento,
é tez de azeviche,
magia e fetiche,
Tão frágil e parente,
Tão sábio e urgente.
Esse contin-ente,
tão vivo e ardente,
foi tão violado
por povo indecente;
tem tudo e tem nada,
sua história é contada
por seus descendentes,
que já deslocados
por todos os lados
procuram sementes.

sábado, 13 de setembro de 2008

Ser ou não ser? Eis o desespero!


Um pastor só é quando abre mão desse “negócio”!
Apenas não-pastores o são de verdade.
(Miguel Garcia)

A ceia do Senhor com tapioca, assaí, humanidade e amor

"Ontem foi o encerramento do Conplei(congresso nacional de pastores e lideres evangélicos indígenas) e houve a Ceia do Senhor.

Estamos acostumados, em nossas igrejas "civilizadas", com uma cerimônia acética , realizada já no final do culto, onde cada pessoa tem direito a um pedacinho bem pequeno de pão e a um gole de vinho ou suco de uva. Aqui foi diferente: nas palavras do pastor indígena que dirigia o culto "esta não é a mesa da igreja indígena, nem a mesa da igreja dos brancos, é a mesa do Senhor, e todo o povo de Deus pode se servir dela, mas é também uma ceia segundo o contexto indígena; nós não temos pão de trigo em nossas aldeias, nosso pão é a tapioca, não temos também vinho de uva, nosso vinho é o assai, e é esses elementos que serão servidos aqui". Ele então mandou que todos fizessem uma fila a direita das cadeiras, passássemos pela mesa para pegar a tapioca e o assai e sair pela esquerda. As pessoas foram passando e sendo servidas pelos irmãos indígenas, enquanto cânticos de louvor eram cantados. Mas quando a fila acabou, o pastor anunciou: ainda tem tapioca e assai, podem servir-se novamente. E enquanto havia tapioca e assai as pessoas foram encorajadas a se servirem o quanto queriam. Aquela era uma mesa que simbolizava a morte e ressurreição de Cristo, mas também um símbolo gritante da imensa graça de Deus! E ainda sobrou muito, não doze cestos cheios talvez, mas, o suficiente para ser servido no café da manhã seguinte.
E de repente, durante a comunhão começamos a ouvir, do lado esquerdo do auditório um canto lindo! Eram os irmãos Zorós realizando sua própria cerimônia: Os zorós em seus rituais pagãos ficam 48 horas cantando, e quando se convertem, acham que o Senhor Jesus também merecem um período de louvor da mesma duração! O Pastor Terena os chamou para virem a frente continuar cantando e traduzir para nós as palavras do hino: as palavras diziam mais ou menos: "Estamos louvando ao Senhor pela mesa aqui, enquanto ele prepara para nós mesa melhor no céu!" E o nosso louvor então jamais cessará!.

Foram momentos de muita emoção, mas de tristeza também. Henrique Terena chamou os irmãos Uai-Uai e os irmãos Zoé a frente para orarmos por eles. Os irmãos Zoe, devido aos problemas de demarcação e arrozeiros e perseguição da Funai às igrejas indígenas, estão passando necessidades, com fome e enfermidades. Os irmãos Uai-Uai foram até os Zoés levar sacos de farinha e outros alimentos para os Zoés mas não lhes permitiram entrar no território dos Zoés, e alguém da FUNAI ou não se sabe que organização, queimou todos os mantimentos que os irmãos Uai-Uai levaram, de modo que os irmãos Zoés continuam em necessidade. É uma situação muito grave e necessitamos da intervenção do Senhor para que as tribos vivam em paz.

Queridos irmãos: este é um pedido urgente: orem pelos irmãos perseguidos das nossas tribos indígenas."

Maria Celia Del Vale



Confissão e desabafo
Miguel Garcia

Não estaria na hora de "evangélicos" financiarem a vinda de irmãos indígenas para missionar em suas cidades civilizadas e igrejas pens-antes , ao invés de enviar-lhes andróides e robôs americanizados, produzidos em série nas fábriquetas seminarísticas clan-destinas?

Quem sabe os irmãos indígenas os ensinariam a namorar, ler, ser lido pelo que se lê, dançar ou simular algum passo de dança, beber vinho, cerveja ou cachaça mineira com os amigos, gargalhar - um rumo sábio para desenvolvermos uma vida espiritu-ALL saudável...

Nos últimos anos, o modo evangélico de celebrar a santa ceia (relação vertical entre os crentes e O Ungido) / mesa do Senhor (relação horizontal da comunidade de crentes), geralmente me deixa triste e não raras vezes constrangido e perplexo.

Todo esse vício de subjetividade dos abs-traídos em si mesmos...

Tenho a sensação de que algo "perverso" flutua no ar... percebo no olhar e nos gestos das crianças e jovens, na dificuldade que estes têm de respirar em ambientes "sagrados".

Sabe aquela sensação de estar sentado <à mesa> em uma churrascaria luxuosa, fatiando uma suculenta picanha ao alho, sorvendo vinho de qualidade lentamente, de repente olhar pela janela e ver mendigos "sujos" e famintos (que não ousam fitar os clientes do lugar nem pedir-lhes um bocado), calmos como vacas hindus, á espera da hora em que as migalhas dos ricos caiam acidentalmente de suas mesas - que o lixo seja posto pra fora, para que só então eles, os excluídos, interditados, zeros soci-ais possam se "fartar" das sobras nos ossos?

"Onde estará a sabedoria que nós perdemos no conhecimento? Onde estará o conhecimento que nós perdemos na in-formação?"

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Olha

Olha!...
Miguel Garcia

Olha!...
Serão rubis que brotaram da terra?

Corais que se perderam do mar?
Rebento de sangue espargido?
Brasas vivas do altar de Deus?
Pedacinhos de arrebol,
Da aurora, carminar da fantasia?


Olha!...
Será que posso beber,
comer, mergulhar?
Vinho tinto amorangado,
acerejado,
romãs, tomates doces maduros,
amoras?

Olha!...
Rubicundo, enrubesce e acalma
Anjo mensageiro na rubra porção de luz
que emana das pétalas,
que embora incendiadas,
Não cedem à destruição?

Olha a magia!
Transparência do belo encarnado...

Olha!..
Que fulgor!...
Encandece e acende a alma sombria!

Olha!...
Que suplício benfazejo!
Que poder! Como fere de beleza!

Olha!..
Tom da tez macia...
Seda ou lã escarlate?

Olha!...
Será Deus a chamar por mim aí de dentro?
Eis-me aqui Pai-e-Mãe de toda formosura,
Eis-me aqui !
Eis aqui meus segredos descalços
Meu o rosto coberto de medo e vergonha
Eis-me aqui Presença afogueada!

Olha!... 
Será que uma gota do suor de Deus pingou neste lugar

e fez brotar maravilhas?


Olha, olha!...

 (Poema extraído do livro DI-VERSOS - Miguel Garcia)
(Lembro-me de ter me sentido um Moisés quando fiz essa fotografia, dia 09/09/08, no pátio da Igreja Betesda em Lavras.)

Vassum Crisso

Anjo da guarda - Miguel Garcia

E ainda tem gente que não acredita em ministério de anjos na igreja!!!
Pois aí está a prova inconteste!
Esse anjinho da guarda foi fotografado domingo passado na Igreja Betesda de Lavras. Ele estava vigiando a porta de todos os olhos e corações, para que o medo não entrasse e a esperança não saísse.
PS - O ente sublime atende pelo nome de Pedro.

sábado, 6 de setembro de 2008

Carta Ur-gente aos meus amigos (as)
Miguel Garcia


“O tédio é constante e o homem escolhe sempre entre o Todo ou o Nada” - Sören Kierkegaard


O cristianismo está deturpado e os ensinamentos de Jesus esquecidos e destruídos.

Não digo isso com alegria - que os melhores, e não os piores do arraial "cristão" sucumbiram ao enredamento de si mesmos.

Sei que a fé cristã deve trilhar a vereda não do idealismo irresponsável e muito menos a do pessimismo mórbido, a mesma deve ser realista.

Diante disso, afirmo não crer que a doença da elite culta "evangélica" possa regredir - que os inumeros doentes possam escapar do estado calamitoso e degenerativo em que se encontram.

Não falo aqui de enfermidades grosseiras contraídas por escassez de alimento para o espírito ou má higiene mental (da alma) - do inédito em seguimentos privilegiados. O que denuncio é o pecado dos melhores, daqueles que amaram a investigação dos assuntos bíblicos e a história do pensamento humano ao ponto de idolatrá-los, os verem transfigurados em demonetes devoradores de si mesmos e do objeto da adoração, ao ponto de normatizarem e infringirem os piores automatismos a si mesmos e a outros, a saber:

1- Gente assim não ouve ninguém. Por imaginarem saber tudo, concordar ou discordar do que possa ser dito e proposto, e, em sendo como imaginam, não se dão ao trabalho de ouvir jamais. Ou então “ouvem”, mas só esperando a vez de falar. Agindo desse modo, negam a existência alheia implacavelmente.

2- Pessoas assim "têm mania por questões e contendas de palavras". De suas “perguntas” “nascem invejas, provocações, difamações, suspeitas malignas, alterações sem fim” (1Tm 6:4). Arrogantes que “aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento da verdade”, “tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto o poder” (2Tm 3:5). São incapazes de crer, “tem cauterizada a própria consciência” (1Tm 4:2), não querem obedecer a Palavra de Deus.

O cristianismo põe a perder as bases de todo poder e domínio de uns sobre os outros.

A “lógica” do desobediente contumaz, seja ele intelectual, sensível, amante da grande arte, escritor, poeta, professor, religioso ou nada disso, é a de que o mandamento de Deus é ambíguo, deixando o sincero candidato a seguidor (discípulo) em eterno conflito, ou em terreno fértil para relativizações e interpretações paradoxais ilegítimas que conduzem à abolição da interpretação simples dos mandamentos divinos.

Como bem denunciou Dietrich Bonhoeffer, estamos assistindo o triste espetáculo da graça barateada e da auto-justificação na espiritualidade moderna.

A questão básica é a seguinte:

Não se pode mesmo dar ouvidos a pregação do Evangelho do Cristo crucificado. Isso convocaria ao amor, ao amar, ao perdão, à misericórdia, à transparência, à piedade, fraternidade, bondade, à fé em Deus, e consequentemente, em homens, mulheres e crianças.

A lógica perversa do poder e da religião como potência jamais permitiria tal fragilidade.

O deus de grande parte dos "cristãos" de nossos dias é fraco, se é que já não está morto, exatamente por eles, esses "cristãos", estarem vivos e fortes demais.

Salvem-se vós cômicos existenciais, destruam as pontes, dêem um passo para a insegurança infinita, a fim de conhecerem o que Jesus exige e o que Jesus dá. Tratem de dar um primeiro passo obediente, visto que a vossa fé está transformada em auto-ilusão piedosa – graça barata. Livrem-se de vocês mesmos, libertem-se. Joguem fora a arrogância, a prepotência, a jactância.

Do que é que vocês se ufanam e bravateiam tanto? Na melhor das hipóteses vocês são apenas ladrões do fogo roubado por Prometeu – uns fazedores de experiências.

Arrependam-se, busquem ao Senhor enquanto se pode achar, busquem ao Senhor no próximo. Parem de perguntar quem é seu próximo. Esta é a pergunta do desespero e da auto-segurança com que se justifica a desobediência de vocês. A resposta a essa pergunta é: "Tu mesmo és o próximo". Vá e seja obediente no amor atuante.
Ser próximo não é a mera qualidade do outro, mas é o direito que o outro tem sobre mim – só isto. A todo o momento, em cada situação, é a mim que se exige ação e obediência. NÃO sobra tempo para inquirir quanto à qualificação de meu semelhante, menos ainda pra JULGAR qualquer semelhante desqualificado. Lembrem-se que todos nós não passamos de miseráveis pecadores.

Sejamos obedientes no AMOR ATUANTE, não “amando” da boca pra fora, não vivendo uma comunhão imaginária com Cristo enquanto negamos a existência alheia.

Conforme o conselho que meu amigo Paulo Cruz me deu, que obedeci, e, que agora estendo a todas (os) vocês:

Parem tudo e leiam o livro: <<DISCIPULADO>> - Dietrich Bonhoeffer

Pois é bem possível que todos vocês estejam perdidos sem saber ou com saber, no Tudo ou no Nada. Lembrem-se que existe tanto doença como saúde imaginárias.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008


Feliz Natal pra todos...
Miguel Garcia

Natal
e a evidência do milagre
Portal
sobrenadando o vinagre...

Natal e Ana Luiza
“Navegar no firmamento”
Natal e forte brisa
Voejar em pensamentos

Natal e o sonho de Asafe
Astral medonho que se abafe

Rio Grande ao Norte dos sentidos
Nos mande a sorte até os amigos

Natal tem cor de Dulce Neide
Sorriso em flor regá-lo hei-de!

Natal ao lado de Fabrício
É andar com Deus no bom início


Eis a dama requintada e mui bela
Bem-querente, estrela guia: é Maristela

Leonor anjo marron
Tuas asas... o teu dom..
Leonor delicadeza:
Teu amor pra sempre seja!

No abrigo da Graça
O conforto uterino,
o descanso.
Um mergulho no amor
No abrigo da Graça.
O poema, o cumpanis,
a magia bendita...
No abrigo da Graça
a ternura e o ser restaurado,
um suspiro, um ardor...
No abrigo da Graça a certeza
Que a Graça Infinita não cessa, não passa:
No abrigo da Graça.

Natal com Jesus
Nada mais natur-ALL
Virgens prenhas dadivosas
Josés sonhadores responsáveis
Magos, Pastores,
Coro angelical nos bares
Manjedouras suntuosas – praias, dunas
Nascimentos a cada instante
Reis - Sacerdotes Zoroástricos
Adivinhos dos desejos
Encantadores, santos feiticeiros
A magia do sorriso-dourado-presente
Pun-gente - fere de brilho e beleza
Mira, mirra nos olhares
Incenso de afetos, Perfume de Mulher...
Feliz Natal pra todos!!
Feliz Natal!

Natal com Graça é melhor!
Natal e bom gosto de Graça!
Natal sem Graça é sem graça!
Natal com Graça é melhor!...

Natal de Mar-istela e Graça
Dulce Neide, Leonor,
Fabrício e o tempo que não passa
Nos domínios do amor

O nome de Amélia significa aquela que é laboriosa, trabalhadora...
Amélia quanto labor
Vem descansar,
Vem por favor
À beira mar...
Vem nossa flor!

João Paulo e Vanessa
Luz branca do seio do abrigo
E a benção de t
ê-los amigos
Encontros no cume das noites
Redimem a fé dos açoites...

Natal de André
Verdade sem terno ou gravata
É de rir até
Com Júnior, a vinho e sonata


Ave Marias a série!

Natal
Calçadão
Orla marítima
Via costeira
Ponta Negra
Ponte Nova
Debaixo da ponte
Frutinhas do mar
Tão bonitinhas
As coisinha queimadinha
Aquele cheiro no ar...
As bichinha tudo tostadinha
De lá e de cá na bandeja
Ave Marias!
Vamo cume sardinhazinha no mercado da Redinha?...

Natal....

As coisa de cá são bela demais de vê
Por do Sol em Genipabu
Povão, Buzão, Corpão...
Uma gente cor de mel,
Alegre, Doce...
Aqueles pelo amareliiinho...
Vigi Mãe-de-deus!!
Ave Marias!!!

Natal e o jeito do povo fala
Se o povo é mulher e bonito então...
Baixa a tristeza de beleza na hora, na orla...
Posso com isso não! Rsrsrsrs...

“Pelo amor de Deus,
Não vê que isso é pecado,
Desprezar quem lhe quer bem”? C.B.

Natal,
Betesda,
Mar de bem querer...
Mares de prazer,
Tudo de bom!


terça-feira, 2 de setembro de 2008


















Perfume de mulher
Miguel Garcia


Fragrância perfeita
Essência rara,
Elixir vital

Perfume de mulher
Etérea presença
Vapores, vaidade, ilusão,
Climatéricas sensações...
Aromas flutu(antes) e depois...

Pefume de mulher
Flor de laranjeira,
Frutos maduros/doces...
Jasmim e rosas,
Amêndoas amargas...

Perfume de mulher
Baunilha em pele, em flor,

Volúpia... água na boca,
Lábios úmidos...

Perfume de mulher
Presença invisível
Possessão total...
Conforto uterino,
Queda, tent(ação)...

Perfume de mulher
Corpos, sabores, encontros,
Ensejos, amores...
Maviosos desejos,
Sedução nos baixios do mar...

Perfume de mulher
E o brilho que cega...
Um Pacino ide-Al,
Fendas dos corpos,
Mergulho infinito...

Perfume de mulher
Exala desejo
Respira segredo
Suspira um medo
Embala as horas...
Um todo de amor, de a(mar)
Docemente sensual...
Um poeta,
um poema...
Sub(stância) fatal,
Esse dom que paira no ar...
Entorpece...
Isso que me faz sonhar,
esse fascínio:
Perfume de mulher...