segunda-feira, 28 de junho de 2010

Ai de nós art-is-tas!

Ai de nós art-is-tas!
Miguel Garcia

E agora:
como seremos transportados às largas planuras sob a imensa cúpula do céu aberto,
ou à espessa floresta ví-vida,
sob o pálio das árvores?
Como ouviremos as vozes divinas falarem através do vento e do trovão?
Como saberemos se o espírito de Deus flutuava em todo riacho da montanha,
e se toda a terra florescia como um lugar sagrado?
Agora que limpamos o planeta de todo mistério,
faxinando crenças,
qual será o alimento de nossa imagin-ação?
Ai de nós art-is-tas!

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