sexta-feira, 6 de novembro de 2009

No mundo de ninguém
Miguel Garcia

Trágico existir, odor de morte, vida enorme, o dia mal aportou.
Um hábil maldito incandesce. A vã negação de tudo...
O Corpo vergado... Quotas de angustia, culpa e desamparo,
ponto cego, fim da linha: rompeu-se o fio da ilusão
Abolir a si, vegetar de rir, não se sabe da felicidade.
Um inepto no mundo natural adoece. Dilacera a experiência de viver.
Imagens incessantes entorpecem. Cri-ativos não se movem com-finados.
Vive-se à beira da loucura, quando distante da animalidade.
Onde andará a segura programação instintiva e cultural?
Solidão é não estar no mundo de ninguém.

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