sábado, 13 de agosto de 2016

De-pressão para todos!

De-pressão para todos! 
Miguel Garcia

Nosso eu interior se vê exposto, frágil, deprimidinho (bostinha) - bateria fraca (vírus?) - uma bagunça. Não há garantias ou referências estáveis, portos, não há um "nome próprio" e, por conta disso, vivemos carentes de confirmação incessantemente. É quando a essência da pessoa se vê murcha, em queda livre e, portanto, exposta àquilo com que todos lidamos (doença mortal?), (Desespero humano, angústia?), estados depressivos diversos - perdição existencial?
Não há mais um horizonte conhecido, modelo de vida, um tribunal supremo. Não há mais um céu com estrelas fixas. Lemos o jornal e eis a confusão! Vício ou virtude, só depende de um ponto de vista. Eis aqui um outro sistema de valores animais-humanos: eis um outro universo!
Não há mais instância ideal, dependemos do aleatório, das circunstância. Em outras palavras, a partir do momento que nosso trabalho, relações, situações, benefícios, tudo o que desejarmos, forem satisfatórios, nos pensamos/lemos energizados, mas basta que os resultados sejam mais complexos para que rapidamente nos pasmemos desabonados e carentes de tudo.
Já não me identifico com quase nada e ninguém. O que sobra é um sentimento interno de luta incessante para conservar e renovar significados enquanto estes últimos se desvalorizam e renovam tão rápido quanto as evoluções da moda, e isso enquanto eu mesmo estou entregue ao envelhecimento, como meu carro.
Vassum Crisso MG

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