quarta-feira, 6 de abril de 2016

Não era pra ser assim!

Não: era pra ser assim.
Miguel Garcia

O comportamento religioso revelando diferentes formas de alienação da pessoa, tanto em âmbito teórico como prático.
Religião como um obstáculo a ser superado para se alcançar a emancipação humana.

Onde andará o brilho da dimensão ética e o postulado de sentido que a religião costumava ofertar à humanidade? E quanto ao valor especulativo e teórico dos princípios fundamentais?...
E a religião como expressão de amor ao próximo ou como expressão do protesto da criatura oprimida diante do sofrimento, onde se perdeu?
A petição consolidando a sujeição e dependência patética em relação à divindade.
Quem dera cristianismo fosse sinônimo de uma maturidade capaz de afrontar a crítica da religião em uma sociedade injusta e irracional. Um cristão bem que poderia valer-se da crítica que os mestres da suspeita teceram e tecem, a fim de modernizar suas "doutrinas". Uma prática solidária permitiria evitar a acusação de que o cristianismo desvia as energias humanas para o além e o aquém. 
Crer em Deus não deveria ser o mesmo que cair em ilusões e mistificações da realidade.
Que tantas pessoas já formadas e "maduras" pudessem cair em atitudes infantis, próprias de quem recorre a uma presumida intervenção mágica e fabulosa do divino, precisamente quando captamos o "silêncio de Deus" em nossa sociedade secularizada.

Vassum Crisso MG

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