terça-feira, 20 de julho de 2010

Para-béns aos psicólogos, sociólogos e teólogos, loucos?

Para-béns aos psicólogos, sociólogos e teólogos, loucos?
(A loucura não vos negará elogios, jamais!)
Por Miguel Garcia

(...) O apuro do homem moderno é ser um pecador sem nome para isso ou, pior ainda, que procura o nome para isso num dicionário de psicologia e destarte somente agrava o problema de seu sentimento de separação e hiperconsciência. (...) O neurótico de hoje está despojado da visão de mundo simbólica, da ideologia de Deus que daria um sentido à sua própria desvalia e a traduziria como heroísmo. A religião tradicional converteu a consciência do pecado em uma condição para a salvação; mas a sensação torturada de nada ser do neurótico qualifica-o agora, unicamente, para uma desgraçada extinção, para uma misericordiosa libertação pela morte. Está certo de ser nada perante Deus, único a poder agir certo por seus próprios caminhos desconhecidos; é outra coisa ser-se nada para si próprio, o que é nada. Becker

“Passamos de uma consciência “onipecaminosa”, no campo pessoal, para outra “apecaminosa”, que diminui a responsabilidade pessoal nas ações negativas. O fato de o ser humano se confrontar com outras negatividades, tais como a doença, o envelhecimento, a morte, a falta de sentido ou a falta de sentido ou a injustiça generalizada, não pode obscurecer nossa consciência e nossa responsabilidade a respeito do pecado. O mesmo se pode dizer em relação à ciência. A psicologia ao querer libertar as pessoas das culpabilidades exageradas, geradoras de neuroses, e as ciências sociais, ao contribuírem para nossa compreensão das estruturas sociais, podem diluir ou tornar anônimas as responsabilidades pessoas em relação ao mal e ao sofrimento. Mesmo as teologias que proliferaram no pós- guerra, ao tratarem do pecado na subjetividade e interioridade humana, correm o risco de nos fazer perder a consciência de sua objetivação histórica."  (Trecho do livro de Paulo Roberto Gomes – O Deus Im-potente. (Já o título, a adaptação, a hipocrisia, a doidice e irresponsabil-idade são de minha in-"competência").

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