In-decência vital
(Sobre o medo de amar e ser amado)
Miguel Garcia
Constatei que para alguns clérigos e ou potentados da religião, amar é por demais indecente. Não suportam ouvir que são amados por alguém em particular, embora cobicem o "amor" das multidões. Tratam o amor como domínio privado.
Penso que os patrões da igreja "têm razão". O que nos tornaríamos se nos amássemos todos? Imagine você que frequenta alguma igreja, terreiro, sinagoga, mesquita, salão: evangélico, católico, budista, cético ou outra crença qualquer, o que nos tornaríamos num mundo de amor? O que se tornariam os gurus e senhores da religião que devem seu posto à conquista, ao ódio e ao desprezo dos outros? O que se tornariam os chefes da igreja que compraram o cargo a custa de presentes e baseiam sua autoridade no terror que inspiram? Haveria inveja, escravização, negação da legitimidade do outro em convivência, competição predatória de alguma espécie, num mundo inspirado pelo amor? Haveria ainda poderosos e fracos, ricos e pobres, homens livres e escravos?
"Pastores (as)", "bispos (as)", padres e "apóstolos" - gurus religiosos ou psicológicos - ilustrados e cientificados ou singelos e supersticiosos (toscos) que vêm no amor uma ameaça estão cobertos de razão: o amor seria a destruição do mundo deles. Essa gente só verá o Reino do amor sobre as cinzas do deles.
Vassum Crisso!
2 comentários:
Passeando pelo mundo dos blogs achei o seu !
Parabéns ... já me tornei seguidor !
abraços
Profundamente lamentável, mas verdadeiro.
Quando a igreja esquece o Amor, deixa de ser igreja espiritual. Corpo de Cristo.
Sobram pedras e o flagelo humano.
Hoje me tornei seu seguidor. Aproveitando, quero convidar-lhe para conhecer o Genizah um blog de apologética cristã, notícias e humor. Contamos com um time de editores e colaboradores diversificado e inteligente.
Esperamos você por lá e, se gostar, acompanha a gente!
Um abração, do seu mais novo leitor,
Danilo Fernandes
www.genizahvirtual.com
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