segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Paulo e Miguel, Cruz e Garcia

Esse contin-ente
é o gene de tudo,
é o berço do mundo;
é palco sangrento,
é riso e lamento,
é tez de azeviche,
magia e fetiche,
Tão frágil e parente,
Tão sábio e urgente.
Esse contin-ente,
tão vivo e ardente,
foi tão violado
por povo indecente;
tem tudo e tem nada,
sua história é contada
por seus descendentes,
que já deslocados
por todos os lados
procuram sementes.

Um comentário:

Paulo Cruz (PC) disse...

Que dizer desse prazer?
Valho-me da genialidade de Clive Staples Lewis:

“Ninguém conhece tão bem uma pessoa como um seu amigo. A cada passo na jornada comum esta a sua substância, e compreendemos muito bem esses testes porque estamos também nos submetendo a eles. Assim sendo, cada vez que é aprovado, nossa confiança, nosso respeito, nossa admiração florescem num Amor Apreciativo de um tipo singularmente robusto e bem informado. Se, no princípio, tivéssemos dado mais atenção a ele do que aquilo em que nossa amizade está envolvida, não teríamos chegado a conhecê-lo e amá-lo tanto.
Você não vai descobrir o guerreiro, o poeta, o filósofo ou o cristão se ficar olhando para ele como se fosse sua amante: é melhor lutar a seu lado, ler com ele, discutir e orar com ele. Numa amizade perfeita este amor apreciativo é, penso eu, freqüentemente tão grande e tão firmemente alicerçado que cada membro sente-se, em seu íntimo, humilhado diante dos demais”. (C.S. Lewis, “Os Quatro Amores”, grifo meu)

Amém!

Abraço afetuoso,
PC