Refletindo sobre igreja, reputação e imagem
Observem como no mundo dos simples mortais nada é o que parece. Nada é exatamente como se diz ser. Só Deus pode ser entendido como um ser supremo e infinito. Uma igreja, seja ela qual for, tenha o chefe que tiver, precisa ter substância em diversos graus, todos, mesmo que intangíveis, ligados à realidade. Nada, portanto, pode ser metafísico, impalpável, ou reduzido a uma auto-imagem. Observem como alguns gurus cultivam especial inclinação para se apresentarem como deuses terrestres - divindades. Observem como crimes são cometidos para salvar a honra desse ou daquele (clero de primeira classe), quer dizer, o próprio valor é sacrificado em prol da opinião alheia. Lembrem que a falsa aparência pode enganar facilmente um indivíduo ou outro, mas dificilmente todo mundo. A regra deveria ser que nossa verdadeira natureza determinasse a opinião geral e a exceção que ela fosse apenas aparente. Observem como o mais comum é cultuar as aparências, fechar os olhos para a reputação quando algo de valor, o lucro em especial, está em jogo. Nossos dias são fatigados da imagem que não corresponde à realidade. Pois a imagem é concorrente do mundo real - uma simulação, um fragmento produzido pela imaginação que se interpõe entre a razão e os sentidos. A imagem é como a palavra: pode ser o que é e o que não é, e vice-versa. Observe que: o que faz parecer não é o que é. Por fim, observem que: para que a imagem seja consistente, é indispensável que a identidade de uma tal confraria seja consistente, não só na simbologia visual, mas na prática dos seus relacionamentos. Se a assembléia, grupo, igreja ou coisa semelhante, não concentra atenções na harmonia entre a imagem e a identidade, caminhará no rumo suicida de uma reputação duvidosa. Vassum Crisso - MG
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