Amar é...
Miguel Garcia
Miguel Garcia
Como seria simples se pudéssemos satisfazer os anelos de toda a condição humana, em segurança, no quarto de dormir! Como seria conveniente que a parceira(o) fosse Deus(a), onipotente para apoiar nossos anseios, abarcando tudo para podermos fundir nossos desejos nela (e) – mas é impossível - Becker
Amar é tentativa desesperada de solu-cio-nar problemas da espécie bipartida.
Amar é meter-se em situação impossível pelas próprias mãos.
Amar é fruto da necessidade de sentir-se heroico - saber que sua vida tem importância no plano geral das coisas, da necessidade de ser especialmente bom para alguém realmente especial.
Amar é englobar-se em algo “superior”, num significado que absorva o eu da pessoa em confiança e gratidão.
Amar é investir na “solução” romântica.
Amar é fixar o impulso de ser o centro das atenções, em outra pessoa, sob a forma de objeto de amor.
Amar é buscar autoglorificação num parceiro (a) amoroso, é quando esse último torna-se o ideal divino no qual a própria vida "encontra" realização.
Amar é quando todas as necessidades espirituais e morais passam a ser focalizadas em um individuo.
Amar é quando a espiritualidade que, outrora se referia a outra dimensão das coisas (O Sagrado), é agora trazida para a terra e recebe a forma de outro ser humano.
Amar é quando a própria salvação não é mais atribuída a uma abstração como Deus, mas pode ser procurada “na beatificação do outro”.
Amar é quando se vive uma cosmologia de dois.
Amar é quando o parceiro humano absorve em si a dimensão inteira do divino.
Amar é deificar o objeto amoroso.
Amar é crer no que as canções românticas dizem à respeito do amado: que ele é a primavera, o fulgor dos anjos, com olhos como estrelas, que a experiência do amor será divina, como no céu.
Amar é ouvir ecos da fome de uma experiência real nas canções românticas - o reflexo de um sério anseio emocional da criatura.
Amar é enxergar perfeição divina no objeto amoroso - é quando o próprio eu da pessoa sente-se elevado ao juntar destinos.
Amar é sentir-se de posse da máxima medida possível para atingir o ideal de exorcizar todos os conflitos e contradições interiores e ainda os muitos aspectos de culpa.
Amar é a tentativa de purgar-se em uma consumação perfeita na própria perfeição.
Amar é uma verdadeira “justificação moral do outro”.
Amar é o projeto de realizar o impulso de auto expansão no objeto amoroso tal como outrora foi realizado em Deus: “Deus como... representação de nossa própria vontade não resiste a nós exceto quando nós mesmos o queremos e, tampouco nos resiste a amada (o) que, ao ceder os nossos caprichos, se sujeita à nossa vontade.
Amar é quando o objeto do amor é Deus.
Amar é quando o Meu amor é meu Deus; se ele me aceita, minha existência ganha utilidade.
Amar é quando o relacionamento amoroso se torna um problema religioso; é quando em sua melhor condição, o “amor” ou paixão romântica reivindica divindade e, em sendo o "amor" bem sucedido nesse intento, transforma-se num demônio que devora os corações dos amantes e por fim da cabo de si mesmo.
Amar é meter-se em situação impossível pelas próprias mãos.
Amar é fruto da necessidade de sentir-se heroico - saber que sua vida tem importância no plano geral das coisas, da necessidade de ser especialmente bom para alguém realmente especial.
Amar é englobar-se em algo “superior”, num significado que absorva o eu da pessoa em confiança e gratidão.
Amar é investir na “solução” romântica.
Amar é fixar o impulso de ser o centro das atenções, em outra pessoa, sob a forma de objeto de amor.
Amar é buscar autoglorificação num parceiro (a) amoroso, é quando esse último torna-se o ideal divino no qual a própria vida "encontra" realização.
Amar é quando todas as necessidades espirituais e morais passam a ser focalizadas em um individuo.
Amar é quando a espiritualidade que, outrora se referia a outra dimensão das coisas (O Sagrado), é agora trazida para a terra e recebe a forma de outro ser humano.
Amar é quando a própria salvação não é mais atribuída a uma abstração como Deus, mas pode ser procurada “na beatificação do outro”.
Amar é quando se vive uma cosmologia de dois.
Amar é quando o parceiro humano absorve em si a dimensão inteira do divino.
Amar é deificar o objeto amoroso.
Amar é crer no que as canções românticas dizem à respeito do amado: que ele é a primavera, o fulgor dos anjos, com olhos como estrelas, que a experiência do amor será divina, como no céu.
Amar é ouvir ecos da fome de uma experiência real nas canções românticas - o reflexo de um sério anseio emocional da criatura.
Amar é enxergar perfeição divina no objeto amoroso - é quando o próprio eu da pessoa sente-se elevado ao juntar destinos.
Amar é sentir-se de posse da máxima medida possível para atingir o ideal de exorcizar todos os conflitos e contradições interiores e ainda os muitos aspectos de culpa.
Amar é a tentativa de purgar-se em uma consumação perfeita na própria perfeição.
Amar é uma verdadeira “justificação moral do outro”.
Amar é o projeto de realizar o impulso de auto expansão no objeto amoroso tal como outrora foi realizado em Deus: “Deus como... representação de nossa própria vontade não resiste a nós exceto quando nós mesmos o queremos e, tampouco nos resiste a amada (o) que, ao ceder os nossos caprichos, se sujeita à nossa vontade.
Amar é quando o objeto do amor é Deus.
Amar é quando o Meu amor é meu Deus; se ele me aceita, minha existência ganha utilidade.
Amar é quando o relacionamento amoroso se torna um problema religioso; é quando em sua melhor condição, o “amor” ou paixão romântica reivindica divindade e, em sendo o "amor" bem sucedido nesse intento, transforma-se num demônio que devora os corações dos amantes e por fim da cabo de si mesmo.
Vassum Crisso
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