Miguel Garcia
E agora, esse abandono...
Cadê o controle?
Onde ancorar problemas?
Onde fixar desvalia, culpa, conflitos?
Como reter o fardo existencial num só local do “ambi-ente”?
Como reter o fardo existencial num só local do “ambi-ente”?
Onde projetar inquietações?
Como despir-me de poder e coloca-lo nas mãos do Outro(a)?
Cadê aquele ponto de apoio organismico fundamental?
Como despir-me de poder e coloca-lo nas mãos do Outro(a)?
Cadê aquele ponto de apoio organismico fundamental?
Sei que as dores que sentimos: doenças reais ou imaginárias, dão-nos algo com que nos relacionarmos, evitam que nos desprendamos do mundo, que nos atolemos no desespero de absoluta solidão e futilidade, sei que a doença é um objeto, que o corpo é um amigo em quem podemos nos apoiar em busca de forças e, também, um inimigo que nos ameaça com perigos, sei que o que nos constitue nos faz sentir reais e nos dá uma certa vantagem sobre nossa sina, mas isso que "sei" não basta: cadê o balu-arte contra a morte, cadê a Rainha, a Elizabeth, a Houston?
Vassum Crisso
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