Ouse questionar!
Por Miguel Garcia
Se todos possuem o pleno direito de pensar livremente, mesmo em matéria religiosa, não podendo sequer conceber-se alguém que renuncie a esse direito, então todos são igualmente possuidores do pleno direito e da plena autoridade de julgar em matéria religiosa e, consequentemente, de a explicarem e interpretarem para si próprios. (ESPINOSA, 2003).
Por Miguel Garcia
Se todos possuem o pleno direito de pensar livremente, mesmo em matéria religiosa, não podendo sequer conceber-se alguém que renuncie a esse direito, então todos são igualmente possuidores do pleno direito e da plena autoridade de julgar em matéria religiosa e, consequentemente, de a explicarem e interpretarem para si próprios. (ESPINOSA, 2003).
Acontece que a verdade é, às vezes, para todos nós seres humanos, o que menos queremos ouvir, principalmente com relação aos nossos princípios religiosos, pois o nosso ego aflora... ninguém quer ser humilde o bastante para reconhecer os seus erros. (CHAVES, 2001).
De resto, que espécie de Deus seria esse que se revelasse apenas a um povinho minúsculo, que, nesse tempo, não representava sequer 1% da humanidade, deixando na ignorância cerca de 99% do gênero humano? Como podiam essas centenas de milhões de homens, fora e longe de Israel – de cuja existência nem sabem até hoje -, como podiam eles chegar a conhecer Deus através da Bíblia?... E que fez Deus antes do início da Bíblia? - e depois do encerramento da mesma? A Bíblia, como livro escrito, começa uns 15 séculos antes de Cristo, e termina pelo ano 100 depois dele. Ora, poderíamos admitir que, no longuíssimo período anterior ao tempo de Abrão, Isaac e Jacó, Deus nada tenha tido a dizer à humanidade? E que, pelo ano 100 da era cristã, tenha “fechado o expediente”, à guisa de um funcionário público ou outro burocrata do século XX?... Quem admite semelhante Deus é ateu, porque um Deus tão imperfeito e limitado não é Deus nenhum. (ROHDEN, 1995, p. 189)
Bart D. Ehrman, à respeito da inspiração divina em relação ao Novo Testamento:
De que nos vale dizer que a Bíblia é a palavra infalível de Deus se, de fato, não temos as palavras que Deus inspirou de modo infalível, mas apenas as palavras copiadas pelos copistas – algumas vezes corretamente, mas outra (muitas outras!) incorretamente? De que vale dizer que os autógrafos (isto é, os originais) foram inspirados? Nós não temos os originais! O que temos são cópias eivadas de erros, e a vasta maioria delas são centúrias retiradas dos originais e diferentes deles, evidentemente, em milhares de modos. [...]
Vassum Crisso
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