Fecho com C.S.Lewis a respeito de que nessa época gerencial – de administração, o maior mal não nasça em antros sórdidos “antros do crime”; nem mesmo em campos de concentração de trabalhos forçados, ou ainda nos incontáveis bolsões de trabalho escravo que vigoram impunes Brasil à fora. Segundo Lewis, nestes últimos aparece sempre o seu resultado final. Em dias atuais o mal é concebido e mandado (movido, secundado, levado a efeito e minutado) em escritórios bem iluminados, atapetados, limpos e aquecidos, por homens tranqüilos (por vezes clérigos “acima de qualquer suspeita”), "brancos" de colarinhos brancos, unhas bem aparadas e rostos barbeados e lisos, que nem precisam altear a voz. Portanto, naturalmente, o símbolo do inferno, segundo Lewis, é algo semelhante à burocracia de um estado policial ou aos escritórios de uma empresa comercial absolutamente indecente, ou ainda, segundo eu mesmo, é algo semelhante ao que acontece à portas fechadas, não "no chão da fábrica", como seria conveniente imaginar, mas em cima, nas salas amplas e luxuosamente decoradas - nos gabinetes bispais e pastorais de muitos dos ch-amados templos evangélicos de hoje em dia, infeliz-mente.
Vassum Crisso!
Vassum Crisso!
Um comentário:
Infeliz-MENTE, é a melhor exclamação!
O mal geralmente nasce da doce ilusão de quem
Quer "moralizar" ao sabor da visão de mundo "politicamente" comum.
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